segunda-feira, março 05, 2007

A espera

Encontrei a minha maior contrariedade (isto talvez porque tenho a sorte de não ter que lidar com um mal vital). Percebi, contudo, que a minha maior contrariedade é a espera. Normalmente perco facilmente a paciência ao esperar por alguma coisa ou por alguém. Fico estupidamente angustiada e conforme a expectativa, parece até que este é um problema vital para mim. Dou comigo a criar manobras de diversão para disfarçar a sensação, para não me confrontar com ela.

De certeza que já experimentaram a sensação de perda de tempo. Mais ou menos como quando esperamos um autocarro. E quando te sentes a perder tempo com isso, o desespero da espera é infinito. Tão grande que tomas facilmente a decisão de apanhar outro, mesmo que não vá para o sítio onde pretendes ir, ou que vá até em direcção oposta. Ficas sempre com a sensação que, ao menos, não estás parada. às vezes o desespero é tal que até um triciclo apanhas, mesmo que te canse, ou que pedales sempre no mesmo sítio...

A sensação de estar parada, a marcar passo, de braços cruzados, para mim, é odiável.
Talvez tenha de mudar isso, talvez consiga saber esperar.

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