terça-feira, maio 16, 2006

O adeus

O Gira_O_Sol vai encerrar.
Sabem onde me encontrar!

Ninguém segura o Tony


Já aqui fiz referência à "mãe do rock português", o inegualável e grande José.
Hoje venho falar-vos de alguém que já é muito grande e que tem tudo para ser muito grande, muito mesmo. Falo-vos de Tony. Vejam com os próprios olhos e algures perto de vós. Não deixem de visitá-lo aqui e inscrevam-se no clube de fãs, vejam os vídeos e participem nos passatempos. E, talvez o mais importante, ajudem-no a ajudar.

domingo, maio 14, 2006

Mais uma listinha. agora de video clips. Divirtam-se!


she Wants Revenge feat Shirly Manson: These Things
Shout Out Loud: The Comeback
The Magic Numbers: Forever Lost
Gnarls Barkley: Crazy
Islands: Rough Gem

sexta-feira, maio 12, 2006

É triste quando as palavras perdem expressão, quando os vazios que deixamos cá dentro são só preenchidos por bolsas de água salgada que vazam de quando a quando. É triste quando alguém não acredita que o que temos para dar é puro, sincero e honesto. É triste quando isso se torna insuficiente e perde sentido. É triste quando o melhor de nós deixou de ser o melhor para os outros. Quando esse melhor poderia ser melhor se houvesse algo do lado de lá. É triste mas não é desesperante. Porque para receber, às vezes basta oferecer. Nem todos estão disponíveis a entrar nesta espécie de conquista. Alguém fica sempre de perna cruzada a pensar que quem quiser que bata à porta... Eu sou mais do espírito empreendedor. Gosto de escarafunchar. Gosto de ir ao fundo de mim e que me permitam ir ao fundo do outro. A superfície é ligeira. Agonia-me. Pode servir para mascarar, mas não dá para viver com ela.

Se me é possível, hoje sinto-me muito triste mas também intimimante feliz. Sei que não me mascaro, não simulo, não vivo presa na minha dor. Doi-me! Doi-me sim. Doi-me os vazios, as ausências, doi-me o fracasso e a incerteza do futuro, doi-me amar sem ser correspondida... mas amo! E isso enche-me. E enche-me de modo a conseguir sorrir e chorar ao mesmo tempo. Sei que depois disto vou ser mais pessoa, vou conseguir compreender melhor os meus filhos e as pessoas que se cruzam comigo.

quinta-feira, maio 11, 2006

Infinito Particular II

Até parece
que não lembra que não sabe
O que passou

Não faz assim
Não faz de conta que não pensa
Em outra chance pra nós dois

Olha pra mim

Não me torture, não simule
Não me cure de você

Deixa o amanhã dizer
Deixa o amanhã dizer
Deixa o amanhã dizer

FazParte

Porque o amor não tem de ser pensado, não tem de ser mastigado.
Porque não tem de medir os prós e os contras
Porque não tem de se medir simplesmente
Porque quando se ama não se consegue ser indiferente
Só se quer estar, sem mais questões, sem mais condições, sem rodeios
Amo-te!
E isso não devia ser um mal estar


"Há coisas que não são para se perceberem. Esta é uma delas. Tenho uma coisa para dizer e não sei como hei-de dizê-la. Muito do que se segue pode ser, por isso, incompreensível. A culpa é minha. O que for incompreensível não é mesmo para se perceber. Não é por falta de clareza. Serei muito claro. Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo.

O que quero é fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.

Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem.
A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.

Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço.

Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas.

Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?

O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental".

Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade.

Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar. O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto.

O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não é para perceber.

O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não ompreende.

O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem
se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem.

Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também."

Miguel Esteves Cardoso

quarta-feira, maio 10, 2006

INFINITO PARTICULAR

cairam na minha secretária os dois últimos registos da Marisa Monte. Não resisto em postar aqui 3 temas que entraram no meu infinito particular. aqui vai o primeiro:

Pelo Tempo que Durar

Nada vai permanecer
No estado em que está
Eu só pensando em ter você
Eu só quero te encontrar
geleiras vão derreter
Estrelas vão se apagar
E eu pensando em ter você
Pelo tempo que durar

Coisas a se transformar
Para desaparecer
E eu pensando em ficar
A vida a te transcorrer
E eu pensando em passar
Pela vida com você

terça-feira, maio 09, 2006

Não tenho scaner activo, mas juro-vos que, esta semana, no suplemento de economia da edição desta semana do semanário Expresso havia uma notícia que rezava assim:

Cláudia Santos
Deixou de ser promotora de Imprensa da Universal, funções que passaram a ser desempenhadas por Luís Lamelas. Cláudia Santos continua na Universal, mas mais ligada à chefia de produto e ao "marketing" dos discos.

pronto! foram os meus 5 minutos de fama. ou 5 linhas.

domingo, maio 07, 2006

Ser mãe... é quase impossível de descrever. É encontrar paz ao sabê-los tranquilos, é conseguir-lhes dar segurança para crescerem saudáveis, é receber em dobro a entrega constante, incondicional, eterna. É perceber que tudo o resto é relativo e que a única coisa que nos pode matar realmente é a perda de um filho. É ser feliz por eles, é chorar por eles, é querer realmente o melhor da vida para que eles sejam o melhor da vida. É a magia da cumplicidade, a descoberta de dois seres novos, em crescimento constante. É ter responsabilidades dobradas, ou triplicadas... Quando se é mãe não se pode simplesmente deixar andar... Temos de proporcionar, temos de disponibilizar, temos de dar liberdade suficiente para os deixar ser seres inteiros e autónomos. é não exigir demais de nós para não cair no risco de querer que eles sejam perfeitos. é perceber que o melhor para eles pode passar também pelo nosso melhor. Mesmo que isso signifique não estar com eles de quando a quando. Ser mãe não é passar uma vida de sacrificios, mas é também estar pronta para os fazer. Medir tudo isto nem sempre é fácil. E a única coisa que estou apostada é que os meus filhos tenham uma mãe em paz com a vida.

Desejo de dia da mãe de 2006: Encontrar a paz que perdi, deixá-la instalar-se dentro de mim com ou sem quem me faz falta, com ou sem atingir os objectivos que me propus. Se der o meu melhor hei-de encontrá-la!

sábado, maio 06, 2006


Ainda não perdi o hábito de ler uns quantos livros ao mesmo tempo. Na minha mesinha de cabeceira eles acumulam-se. Não sei bem se os leio a todos porque nenhum é bom demais para o devorar sozinho, ou se faz parte de uma inconstante insatisfação minha com o que leio e, dependendo do estado de espírito, ora pego num ora pego noutro. Mas eles lá estão. Já que prometi algumas listas do que me paira na cabeça, aqui vai mais uma:
"Palácio da Lua", de Paul Auster
"O Estranho Caso do Cão Morto", de Mark Haddon
"A Ilha dos Jacintos Cortados", de Gonzalo Torrente Ballester
"Pensei que o Meu Era Deus", de Paul Auster
"Pedro Páramo", de Juan Rulfo
"Wilt", de Tom Sharpe
"The Ha-Ha", de Dave King
"The Melancholy Death of Oyster Boy & Other Stories", de Tim Burton

quinta-feira, maio 04, 2006

Gostava de um dia viver sem dor
passar a ter futuro em vez de chorar o que passou
Gostava de um dia reencontrar-me em ti
E perceber que sorris para mim
Gostava de ter um machado para quebrar o gelo
saber como ultrapassar este medo que nos congela
Gostava de ser mais forte e dar-te essa tranquilidade
Mais segura de mim para não sofrer o que não tenho
Perceber que o que tenho faz parte da minha vida
e não desejar uma outra que não é minha
Gostava de um dia voltar a perder-me nos teus braços
fechar os olhos e sentir que voltavamos a ser um
Gostava que um dia fosses tu
com a certeza que isso te iria fazer feliz
Gostava que houvesse um tempo para nós
um dia...

Gira sol!

quarta-feira, maio 03, 2006

Ter medo é um estado latente em mim. Ter medo de morrer, ter medo de sofrer, ter medo de perder quem me é mais querido, ter medo de fazer sofrer, ter medo de não ser capaz, ter medo da incerteza, ter medo de ter medo. Não sei o que procuro mas queria deixar de ter medo, de mim e dos outros. Não sei se sou capaz mas tenho a certeza queria tentar. Tentar ser eu própria e gostar de mim assim. Quero que gostem de mim e me queiram fazer feliz. Quero deixar de ter medo de não fazer feliz ninguém. Este medo que é latente em mim...

segunda-feira, maio 01, 2006

Pedras no caminho? Guardo todas. Um dia vou construir um castelo.
Fernando Pessoa