sexta-feira, março 31, 2006

Estou cansada de esbracejar no mar alto. Tenho a sensação que a qualquer altura vou me afogar. Preciso parar, boiar e permitir receber a ajuda, de uma jangada que seja. Preciso disso para continuar a viver, e um dia chegar novamente a uma dessas praias paradísiacas.

quinta-feira, março 30, 2006

Esta sensação de angústia que me prende os movimentos e não me deixa... Este vidrar de olhos constante que não me deixa ver mais além. Este desinteresse geral pelas coisas que me faz ter pouco para dar a todos os que me procuram e querem estar comigo. Esta vontade constante de fugir para parte incerta e deixar de ser eu que estou a mais, no sitio errado, na hora errada. Tenho medo de nunca mais estar com a pessoa certa.

terça-feira, março 28, 2006

"A invenção da Solidão"

"Um Homem para quem a vida só é tolerável se ele puder permanecer na superfície de si mesmo, sentir-se-á naturalmente satisfeito se puder oferecer aos outros não mais do que essa superfície. São poucas as exigências a cumprir e não é preciso satisfazer qualquer compromisso. (...) A nossa existência é confinada a um estreito espaço em que constantemente somos forçados a revelarnos - e, portanto, constantemente obrigados a olhar para dentro de nós mesmos, a examinar os nossos próprios abismos. Quando a porta está aberta, nunca há problema: podemos sempre fugir para evitar confrontos indesejáveis connosco ou com os outros."
Paul Auster in "A Invenção da Solidão"

Será que nos sentimos constantemente mal amados porque nunca amámos de verdade?

E finalmente uma boa notícia




Sete Palmos de Terra estreia dia 24 de Abril
As nossas escolhas são feitas dia a dia.
Mesmo na confusão, tomamos um caminho.
Mesmo quando estamos a deixar ir, estamos a fazer uma escolha.
Sabemos quem pode ou não participar na nossa vida.
Quem foi posto de lado, continua a sê-lo.
E continuará...

segunda-feira, março 27, 2006

Perceber até onde e até quando conseguimos pensar o amor. Perceber até que ponto conseguimos estar com o outro porque ele nos faz feliz, ou porque queremos fazê-lo feliz. Perceber que o amor é na sua maior graça, sermos felizes por fazer o outro feliz. E sermos infelizes por o outro não conseguir ser feliz com aquilo que temos para dar. Saber até que ponto somos egoístas por nos sentirmos infelizes por não fazer parte dessa felicidade. E não nos sentirmos felizes por o outro procurar a felicidade com outra pessoa.
Hoje sinto-me profundamente infeliz porque não consigo fazer feliz quem amo. Mais, estou profundamente infeliz porque quem amo não se sente feliz.

sábado, março 25, 2006

Chiu!... Chiu........

Percebo que às vezes, quanto mais falamos menos no compreendem. Hoje peço para ter forças para conseguir ficar em silêncio, a montar as peças partidas, sem pedir atenção, sem chamar a atenção.
quieta, calada, encolhida sobre mim, tentando aconchegar-me para não me sentir desabrigada.
Tenho frio e medo
chiu!!!!!!!!

sexta-feira, março 24, 2006


Tenho uma entrada a mais para os Kings of Convenience, dia 29 de Abril, na Aula Magna.
Abrirei a partir de agora um concurso para quem quiser a companhia desta Amelinha, que é bonita e formosinha. Aceitam-se todo o tipo de candidatos. Excedam-se, saiam de si, surpreendam-me. Talvez os Kins of Convenience não suscitem tão grande entusiasmo, mas estarem ao meu lado pode ser que vos enalteça.

Aguardo propostas.

Quebrámos os Dois

"Era eu a convencer-te que gostas de mim
e tu a convenceres-te que não é bem assim...
Era eu a mostrar-te o meu lado mais puro
e tu a argumentares os teus inevitáveis
Eras tu a dançares em pleno dia
e eu encostado como quem não vê
Eras tu a falar para esconder a saudade
e eu a esconder-me do que não se dizia
... afinal quebramos os dois...
Desviando os olhos por sentir a verdade
juravas a certeza da mentira
mas sem queimar demais
sem querer extinguir o que já se sabia
Eu fugia do toque como do cheiro
por saber que era o fim da roupa vestida
que inventara no meio do escuro onde estava
por ver o desespero na cor que trazias...
... afinal quebramos os dois...
Era eu a despir-te do que era pequeno
e tu a puxares-me para um lado mais perto
onde contamos histórias que nos atam
ao silêncio dos lábios que nos mata...!
Eras tu a ficar por não saber partir...e eu a rezar para que desaparecesses...
Era eu a rezar para que ficasses..e tu a ficares enquanto saías....
não nos tocamos enquanto saías.
não nos tocamos enquanto saímos.
não nos tocamos e vamos fugindo
porque quebramos como crianças
...afinal quebramos os dois...
...e é quase pecado o que se deixa......
quase pecado o que se ignora..."

terça-feira, março 21, 2006

Tenho a baliza aberta

Tenho escrito mais espaçadamente. Acho que não é tanto por ter menos por dizer, mas por me sentir menos confusa. Percebo aos poucos que na vida tudo tem o seu tempo e que temos de saber esperar. Talvez esta seja a grande lição que posso tirar disto tudo. Às vezes não adianta espernear, gritar, dizer que se ama, que do outro lado, quem não quer ouvir permanece intocável. Talvez por isso me tenha virado mais para mim e nesta fase tenha tentado perceber o que realmente me faz feliz.
Mesmo que não o saiba agora, interessa-me procurar, explorar. Não sei se deixei de lado os critérios que até aqui me balizaram, mas sinto que estou absurdamente aberta a tudo o que venha de fora na necessidade de me extravazar, de encontrar pessoas, de estar com alguém que me fale e me faça ouvir. Ser boa companhia não me basta. Quero ser desejada, quero desejar estar com alguém que queira ser desejado por mim.
Olhando para trás, das duas vezes que mais me entreguei a alguém fui trocada. Talvez o problema seja meu. Talvez todo este empenho em demonstrar amor não seja em vão. Talvez me faça ser maior, abrir ainda mais o meu coração. Talvez seja um estágio para conseguir também eu amar de olhos abertos, amar sem querer projectar no outro aquilo que me faz falta.Talvez encontre equilibrio dentro de mim e da próxima vez não ache que não me amam de verdade e que me amem na medida que eu amo.
Confuso, talvez. É o reflexo daquilo que vai cá dentro. Do turbilhão de sentimentos que tenho vindo a definir.
Hoje tenho muita vontade de partir ao encontro das pessoas. O tempo vai passar e mostrar o futuro, que agora tanto me assusta, mas que ao mesmo tempo me desafia. Tenho medo, mas este frio na barriga faz-me tentar ultrapassar-me.
Como hoje dizia a alguém, em todos os aspectos da minha vida, tenho a baliza aberta. Vou mesmo marcar golo!

segunda-feira, março 20, 2006


é impossível ficar-se indiferente. Estão todos, mas todos convidados a aparecer. Levem bananas para atirar para o palco, não num gesto de repúdio, mas num amistoso parecer de "como o macaco gosta de banana" nós gostamos dele. É o regresso do monstro da música nacional. Preparem-se porque ainda vão ouvir falar muito nele.

domingo, março 19, 2006

Revejo o que gostaria de ter sido. Penso no que ainda estarei por ser. Nesta altura, sinto que o melhor de mim terá de ser sempre a aquilo que sou de verdade. Fugir a isso, tentar ser outra, não faria sentido. Serei tanto melhor quanto mais for eu. Isso faz com que agora não queira recuar. Repôr o passado. Quero olhar para a frente e aceitar-me nesse passado. Quero viver algo novo. Mesmo na remota possibilidade de esse algo novo ser vivido com os mesmos intervenientes.

será como andar descalça!

sábado, março 18, 2006

O barulho da chuva a bater na janela, a respiração compassada dos Ms no quarto ao lado, o livro fechado na cabeceira, o silêncio da casa, o espaço vazio ao lado, o fechar dos olhos. Conseguir dormir com a cabeça tranquila vai sendo raro, mas hoje parece poder acontecer. Ensaio um sorriso e aninho-me nos lençois, sentindo o fresco do pano nos pés. O cansaço dos últimos e frenéticos dias apoderam-se do meu corpo e mesmo que a cabeça forçasse um ou outro raciocinio o sono ia vencer. Talvez ao acordar me venham os meus pensamentos repetidos há meses e que já não esperam resposta. Talvez já pareçam só o ecoar daquilo que pensou em tempos. Julgo sentir-me mas não sei de mim. Hoje prefiro dormir.

sexta-feira, março 17, 2006

O campo de minas

No outro dia alguém me descrevia a sua "nova" forma de viver como se estivesse a andar sobre um campo de minas. Na altura não compreendi o que quis dizer, mas hoje acho que sinto isso, um pouco por experiência própria. "é redentor, acredita". e hoje eu sei disso. hoje acho que preciso disso para me conhecer, para saber os meus limites, para saber até onde quero e posso ir. O medo de explodir não me assusta. Tenho mais medo de continuar a não me permitir viver certas coisas que de uma forma ou de outra sempre reprimi, ou nunca tive vontade de viver. Hoje quero, sem deixar de me sentir mal comigo. Sem que para isso tenha de ser outra pessoa. Não quero forçar nada, quero procurar, permitir-me viver. Estou farta de ter pena de mim, daquilo que vivi e daquilo que deixei de viver. Quero guardar o melhor de mim e tentar superar isso. Quero olhar para a frente, sem atropelar ninguém, mas procurando tirar prazer das pessoas que se vão cruzando comigo.

quinta-feira, março 16, 2006

Os novos exploradores

Gostei principalmente de não ter de pensar se estaria a ir longe demais. Fui até onde quis e depois senti que até podia ter pisado mais o risco, que não me teria deixado para trás. É esta que quero ser. Que o medo de deixar de sentir me dê ganas de viver. Viver aquilo que me fez feliz e que sei que me preenche, mas também viver aquilo que nunca me permiti viver. Ontem entreguei-me a uma espécie de descoberta, de procura do outro que há muito não me dava tanto prazer. "Somos os novos exploradores" disse-me alguém, cuja experiência de vida toca a minha e me quis fazer acreditar que o depois é bem melhor do que o antes. Assim nós queiramos. A mesma pessoa que no fim me disse que curiosamente havia um novo brilho em mim, que me fazia mais bonita. Se é assim, ou não, tanto me faz. Quero acreditar que ainda consigo chegar aos outros e quero permitir que os outros cheguem a mim. Se tirar o máximo de prazer nisso, melhor.
Ontem, houve FESTA!

P.S. É possível!

terça-feira, março 14, 2006

o risco

Tenho vontade de viver no risco, de não ter outro remédio senão pisá-lo. É como se não tivesse nada a perder. Com o peito tão esburacado, mais mossa menos mossa não fará diferença... Tento afastar os pensamentos suicidas que hoje me passaram pela cabeça. Vejo o sorriso dos Ms e tento reunir aí a minha energia. Tento imaginar-me ser desejada por alguém, mas afasto o pensamento porque nesta altura não conseguiria estar com ninguém. À força de ser tão rejeitada. Tão incompreendida, tão julgada. Hoje quis desaparecer para sempre. Quis deixar de sentir este nó que me sufoca e mal me deixa respirar. Quis limpar a cabeça e o coração. E deixar de chorar, deixar, deixar, deixar de me sentir. Deixar de ser esta velinha ao vento, cuja chama resiste sabe deus como ou porquê. Quando tudo à volta lhe diz para se apagar. O vento é demasiado forte, tudo é um arremesso.
Queria tanto conseguir respirar sem que os olhos se enchessem de lágrimas.
Queria tanto sorrir de feliz.
abraçar
POdia dizer que sim, que não sofro mais. Podia dizer que sim, que estou preparada para voltar a viver. Podia dizer que sim, que não me destroi o que me continua a destruir. POdia dizer tanta coisa. Mas hoje não consigo dizer nada. Tenho a minha cabeça tão cheia e tão oca. As lágrimas caem-me da cara sem quase perceber. Queria ter o dom de me aleanar, de esquecer que me sufoco, de me esquecer de mim. Ha dias falava do vazio, hoje quero esvaziar/me ainda mais. Prefiro o vazio a esta dor que me mata. Sei que continuo a lutar contra mim, mas sei que tenho de lutar contra mim. Porque hoje eu sei que gostava de recuperar tudo e nao ha mais nada a recuperar. Hoje eu sei que morri.

segunda-feira, março 13, 2006

Mesmo quando parece que já estou habituada à ideia, não deixa de ser estranho quando percebemos que alguém com quem vivemos diariamente, intimamamente, com quem fizemos um projecto de vida, nos posa parecer agora um absoluto estranho. Pergunto-me hoje se as pessoas estão de corpo e alma na vida, quanto de nós nunca se revela, quão absoluta pode ser a vida a dois. Hoje tenho receio de nunca vir a encontrar respostas para estas perguntas porque eu própria tenho receio de viver novamente a dois. Neste momento isso parece-me terrivelmente assustador. Pensar que num dia nos entregamos a alguém e no outro a mesma pessoa considera isso lixo. Pensar que um dia que as diferenças são vividas em harmonia, no outro até aquilo que nos une são pedras. dá-me um nó na cabeça.

sexta-feira, março 10, 2006

confiança

Sinto-me confiante! A educadora da M. confessou-me que a acha muito mais tranquila, mais feliz. Sorri sem esforço, entra em todas as brincadeiras, gargalha. E isso faz-me sentir confiante. Pensar que ela poderia estar a sofrer assustava-me e fazia de mim um ser conturbado. Perceber que seja o que for pode lhe ter trazido alguma paz, maturidade talvez, enche-me o peito. E faz-me feliz a mim também. Hoje sorri sem esforço, entrei nas brincadeiras, gargalhei. E senti que a minha família mantém-se inteira. Sei que o futuro reservar-nos-á ainda muitas mudanças, adaptações, crescimentos, retrocessos, conflitos... Mas não é assim em todas as famílias? Acho que sim.

quinta-feira, março 09, 2006

os desafios

Ainda ontem falava com um amigo da fase "punk" que ultrapassava. Que me sentia meio kamikase, capaz de aceitar quaisquer desafios por mais absurdos que me pudessem antes parecer. E que isso me dava uma forma meio "imortal" de ser. Como se andasse num jogo de computador sem me preocupar com os perigos escondidos, sem colete de balas, sem escudo protector, mas directa ao GAME OVER.
Não sei quanto tempo aguentarei nesta posição, mas até agora tenho gostado de me superar em muitos dos desafios que me têm lançado. E nesta altura acho que me preciso desafiar a todos os níveis, em todas as direcções.
E hoje foi-me lançado outro grande desafio. Que aceitei de imediato.
Não sei o que vai acontecer depois de tanta mudança na minha vida, mas sei que com tanta alteração, não podendo continuar a mesma, queria manter a minha essência. Para não me perder. Porque mesmo morrendo um pouco em cada passo, tento renovar-me e crescer assim. Sei que, ainda que hoje ambicione alguma tranquilidade, tenho de passar por estes momentos de intensa turbulência. Ainda assim sei que não estou só!
À força de me querer esquecer do que sinto, ou senti, quis deixar de amar. Hoje não é tanto a saudade de alguém que me faz doer. É mais este vazio que se apoderou de mim e que me faz mal. No fundo tenho pavor de não me voltar a encher, ou preencher. No fundo, não sei de mim.

quarta-feira, março 08, 2006

"Eu não meti o barco ao mar para ficar pelo caminho"

terça-feira, março 07, 2006

A qualidade

Há quem tenha uma mente tão retorcida que é capaz de inverter todas as situações para desculpar as suas acções, sentimentos ou negações. Próprio de quem vive num mundo só seu, criado à sua imagem, guiado unicamente pelo seu umbigo. Tenho pavor de pessoas assim, porque são manipuladoras, fazem dos outros sacos de boxe, o seu caixote de lixo e assim ilibam-se de qualquer pena. Todos nós temos um pouco de cobardia, um quê de egoísmo. Mas quem não se reflecte nos outros fica entregue apenas aos seus próprios valores e objectivos. Quando tive a minha primeira filha soube que a partir dali tudo se tinha tornado relativo, que nada que me viesse a acontecer seria drama algum comparado com o mau estar que algo ou aguém pudessem criar nos meus filhos. Hoje eu sei que relativizar as coisas que nos acontecem na vida não é já uma maneira de pensar. é uma forma de estar na vida. Pensar que o que é certo hoje, amanhã pode já não fazer sentido. Ou o que nos faz falta agora, facilmente podemos esquecer no futuro. O medo que isso me provoca, o que me pode parecer demasiado fugaz pode ter também o reverso da medalha: o de provocar acção, o de querer superar-me a mim própria no encontro com os outros, o de aproveitar todos os momentos, até aqueles que parecem ser rotinas, ou que nos poderão causar sofrimento.
Hoje a M. dizia que não queria nunca ir viver para outra casa sem mim. E do fundo do meu sentido maternal disse-lhe que porque íamos passar menos tempo juntas no futuro, teríamos de aproveitar todos os momentos que estávamos juntas. E selámos o acordo com um abraço.
E é isto que peço para mim: apostar na qualidade, não na quantidade.
Medo! Eu tenho Medo
Mãe, é tão grande o Mundo
é doce e amargo

segunda-feira, março 06, 2006

Um novo romance

Virou a página. Deixou-a marcada, não fosse querer voltar atrás para ler novamente as frases que a marcaram. Sabia que não valeria a pena. Essas frases já faziam parte de si como se já não tivessem tido vida própria. Sabia que o livro não estava acabado, mas quando virou a página, fechou o livro e colocou-o na mesinha de cabeceira. Sabe que mais tarde vai guardá-lo nas prateleiras, na mudança até poderá nunca mais sair da caixa. Mas ela sabe que está lá, saberá sempre e fará questão de não esquecer. E está ansiosa por ler novos romances.

sexta-feira, março 03, 2006

Sei quem sou, do que sou capaz, sei quem amo, quem amei, que posso vir a amar. Sei que quero ser melhor pessoa, que quero compreender e aceitar os outros, quem quer manter-se por perto, quem optou por se afastar. Quero conseguir respeitar as suas opções, quero continuar a ter as minhas opções. Quero muito dar possibilidade aos meus filhos de crescerem com estabilidade e de forma saudável. Quero acima de tudo ser mãe deles e que eles me reconheçam como tal. Sendo mãe alguém que pode ser quase tudo. E para isso, eu tenho de ser eu própria e sentir-me bem comigo. E começo a voltar a gostar de mim.

quinta-feira, março 02, 2006

Once In A Lifetime

Um dia deram-me uma música para me explicar o que sentiam. Era uma canção dos Talking Heads, curiosamente com o nome desta que agora oiço, "Once In A Lifetime". Hoje dou-vos esta. E dedico-a a todos os meus amigos que se voltaram a apaixonar. Por uma pessoa, por si próprios, pelo quotidiano das suas vidas, por cada vez que desejam ter uma vida diferente.


Faris Nourallah
Once In A Lifetime
I just had the strangest feeling
I can’t describe this real strange feeling
You can call it what you like, but I just had the strangest feeling
Once in a lifetime
We might love like this
Once in a lifetime
We might feel such bliss
Once in a lifetime
We might love like this
Once in a lifetime
We might feel such bliss
I can’t quite explain this feeling
Wish that I could name this feeling
You can call it what you want but I just had the strangest feeling
Once in a lifetime
We might love like this
Once in a lifetime
We might know such bliss
Once in a lifetime
We might love like this
Once in a lifetime
We might know such bliss
I just had the strangest feeling…

vejam mais info e escutem mais temas aqui ou aqui

O medo

Deu consigo a pensar no medo que tem em um dia voltar a interessar-se por alguém. Fez de conta que não sentia pavor, mas não conseguiu controlar o frio que lhe passou na espinha. Percebeu que uma das coisas que tinha ficado era uma espécie de cepticismo em relação às pessoas em geral e à entrega que são capazes de fazer. Não duvidava que se iria voltar a apaixonar, se calhar até várias vezes, se calhar até já estava apaixonada... mas tinha dúvidas que se conseguisse voltar a entregar sem reservas, sem limites, sem uma capa que a cobrisse e a protegesse. Quis lutar contra isso. Quis pensar que quando acontece apaixonarmo-nos não pensamos muito nas consequências, no futuro, em nós. Quis pensar que lá fora ainda existe alguém com a combinação certa para abrir a porta agora blindada. E voltou a fechar os olhos, quase num desejo de imortalizar esse desejo. Sabia que agora estava melhor do que estava antes. Mesmo sozinha seria capaz de ser mais feliz, mais ela. Deixaria de se anular, deixaria de se sentir rejeitada e mal amada. Preferia estar consigo do que com alguém que preferia não estar com ela. Preferia a solidão a uma companhia feita de farsa. E nesse momento agradeceu a quem lhe virou as costas.

quarta-feira, março 01, 2006

concertos

Para quem gosta de saber o que se anda por aí a passar, aqui ficam umas sugestões:
Crazy Girl/17 de Março/Loundge
Ladytron/ 31 e Março/ DJset/ Casa Mãe Rota dos Vinhos/Palmela
Kings of Convenience/29 de Abril/ Aula Magna
Sofa Surfers/9 de Abril/ Club Lua
Art Brut/ 21 de Abril/ Sushi Club/Leiria
Arctic Monkeys/10 de Maio/Garage

Um dia de atordoamento

O computador aberto, os pés desabituados do aperto dos sapatos, a pele escondida pelas roupas quentes de inverno... Os olhos abertos sem querer ver novamente o que se passa. A informação chove... como é óbvio, tudo está na mesma. Eu? talvez eu tenha mudado. Talvez agora seja mais fácil desligar quando quero e assim encontrar paz.