sábado, março 18, 2006

O barulho da chuva a bater na janela, a respiração compassada dos Ms no quarto ao lado, o livro fechado na cabeceira, o silêncio da casa, o espaço vazio ao lado, o fechar dos olhos. Conseguir dormir com a cabeça tranquila vai sendo raro, mas hoje parece poder acontecer. Ensaio um sorriso e aninho-me nos lençois, sentindo o fresco do pano nos pés. O cansaço dos últimos e frenéticos dias apoderam-se do meu corpo e mesmo que a cabeça forçasse um ou outro raciocinio o sono ia vencer. Talvez ao acordar me venham os meus pensamentos repetidos há meses e que já não esperam resposta. Talvez já pareçam só o ecoar daquilo que pensou em tempos. Julgo sentir-me mas não sei de mim. Hoje prefiro dormir.

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