"Era eu a convencer-te que gostas de mim
e tu a convenceres-te que não é bem assim...
Era eu a mostrar-te o meu lado mais puro
e tu a argumentares os teus inevitáveis
Eras tu a dançares em pleno dia
e eu encostado como quem não vê
Eras tu a falar para esconder a saudade
e eu a esconder-me do que não se dizia
... afinal quebramos os dois...
Desviando os olhos por sentir a verdade
juravas a certeza da mentira
mas sem queimar demais
sem querer extinguir o que já se sabia
Eu fugia do toque como do cheiro
por saber que era o fim da roupa vestida
que inventara no meio do escuro onde estava
por ver o desespero na cor que trazias...
... afinal quebramos os dois...
Era eu a despir-te do que era pequeno
e tu a puxares-me para um lado mais perto
onde contamos histórias que nos atam
ao silêncio dos lábios que nos mata...!
Eras tu a ficar por não saber partir...e eu a rezar para que desaparecesses...
Era eu a rezar para que ficasses..e tu a ficares enquanto saías....
não nos tocamos enquanto saías.
não nos tocamos enquanto saímos.
não nos tocamos e vamos fugindo
porque quebramos como crianças
...afinal quebramos os dois...
...e é quase pecado o que se deixa......
quase pecado o que se ignora..."
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13 comentários:
Querida Amelinha,
O que eu gostava de me perder contigo na cama de tua casa. longe dos olhares censórios de sua Alteza Carlota.
Ao teu sinal, dir-te-ei como me poderás encontrar...
um beijo especial
D. Juan
ò meu querido D. Juan!
De onde vens?
A cama de minha casa está invariavelmente ocupada.
E já agora, como achou o refúgio deste bloco de notas?
Encontrei-a porque segui as suas migalhas de pão deixadas no blogue de sua alteza D. Carlota.
Se a sua casa está invariavelmente ocupada, encontrar-nos-emos noutro local simpático, que tal num hotel?
Desejo-a Amelinha.
D. Juan
essa é boa!
nunca me aconteceu desejar alguém que não conheço.
Reconheço ser pouco ortodoxo. Mas quando digo desejo-a, digo-o no sentido de que me identifico com a Amelinha, no seu espírito aberto, na sua luta contra a espuma dos dias. Tudo isso revela uma mulher deveras interessante. Por isso, desejo-a.
um beijo ardente
D. Juan
D. Juan,
uma mulher interessante é o que hoje em dia não me sinto ser. Mas se o diz, deveria acreditar.
Porque é que tudo isto me soa a balelas de quem não tem mais nada para fazer?
Não me parece que o queira conhecer.
D. Carlota foi peremptória em afirmar que o senhor não interessava. Seja lá o que isso for.
Acho que vou passar!
Vá lá de novo ao site e sua alteza, e tente a Rita. Acho que ela ficou curiosa consigo.
Deixa-me triste com esse seu comentário. Não se deixe levar por uma D. Carlota que me deseja só para ela, mesmo que tal relação não passe de platonismo.
O que lhe escrevi não são balelas, é uma proposta de sedução séria que não deveria desperdiçar, pelo menos não antes de me conhecer.
um beijo de grande estima
D. Juan
Apanhou-me em dia não D. JUan. Hoje mal me sinto!
POr onde vai andar esta noite?
E se nos encontrássemos ao fim da tarde de hoje, no horário chill out, num local aprazível.
Que me diz Amelinha?
outro beijo
D. Juan
Os meus finais de tarde são tudo menos chill out D. Juan
Diga-me então quando se poderia encontrar comigo?
mesmo que me quisesse encontrar consigo, não marcaria encontro aqui, não acha?
Teria todos os meus fãs à mesma hora no mesmo local.
E vou-lhe confessar uma coisa: não gosto de homens que vão directos ao assunto, com muita pressa e pouco cuidado.
Gosto mais daqueles que cozinham a coisa, e me levam onde querem, sem ter de o dizer!
Percebo-a perfeitamente Amelinha e acho até que tem toda a razão.
Não se preocupe. Seduzi-la-ei com requinte. O mesmo que empregarei no desejo de uma ardente relação amorosa consigo.
D. Juan
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