quinta-feira, março 09, 2006

À força de me querer esquecer do que sinto, ou senti, quis deixar de amar. Hoje não é tanto a saudade de alguém que me faz doer. É mais este vazio que se apoderou de mim e que me faz mal. No fundo tenho pavor de não me voltar a encher, ou preencher. No fundo, não sei de mim.

3 comentários:

dadefuga disse...

Custa ao princípio, mas depois habituamo-nos a não saber de nós algumas vezes...

Anónimo disse...

As vezes o vazio custa a encher... Às vezes mesmo quando amamos e somos amados o vazio permanece. Um vazio que não sei bem explicar... um vazio de quem amou e deixou de amar, de quem viveu e a meio do caminho achou que não estava a viver e que seria melhor parar... parar para recomeçar, recomeçar do nada,um novo amor, uma nova vida... e ainda assim o vazio teima em não me deixar... Talvez porque me tenho enchido de tudo menos de mim...

amelinha disse...

Pois! o encontro connosco é sempre o mais difícil. Percebermos porque tomamos opções na vida, assumi-las de acordo com as nossas necessidades. Perceber quais são essas necessidades, encontrarmo-nos com os nossos traumas, os nossos medos, as crianças feridas que todos nós trazemos cá dentro... isso é de facto difícil. E isso, isso deveria ser feito sempre, quer estejamos vazios ou cheios. É esse o desafio. Acho que o grande desafio das nossas vidas. Seremos cada vez mais felizes quanto mais nos conhecermos.