sábado, dezembro 30, 2006



Não! Ainda não vos vou falar das minhas posições favoritas. Para o ano, conto-vos, prometo.
Por agora deixo só o anúncio de um dos primeiro concertos que vou ver em 2007.

Micah P. Hinson, Club Lua, dia 24 de Janeiro. (primeira parte de Will Johnson).

sexta-feira, dezembro 29, 2006

Tenho observado que, embora o "Gira" continue a ter visitas, os comentários são cada vez menos. Agora pergunto eu? É porque está cada vez mais chato? Não vos apraz nunca dizer nada? Devia era ir plantar couves no meu terraço quadrado? Digam lá qualquer coisinha....

O Meu filme de 2006



Acho que este ano fui mais vezes ao cinema do que nos último cinco. Mesmo assim, não fui tantas vezes como o desejei. Umas vezes por falta de oportunidade, outras por falta de companhia (sendo que aprendi a ir ao cinema sozinha, porque não?)

Ponho aqui em destaque um filme, por acaso de 2005, mas que vi este ano. "Broken Flowers". Gostei sobretudo da sensação que transmite de que, podemos viver na convicção de que somos felizes com a forma que escolhemos para viver, até ao momento em que percebemos no nosso íntimo que isso é uma falsa verdade.

Dos filmes que vi este ano nomeio ainda (títulos em inglês ou português): "Uma História de Violência", "Ninguém Sabe", "Eu, Tu e Todos Aqueles que Conhecemos", "A Lula e a Baleia", "Uma Família à Beira de um Ataque de Nervos", "O Segredo de Brokback Mountain", "Os Três Enterros de um Homem", "Volver", "Profissão: Repórter", "O Novo Mundo", "Brisa de Mudança", "Aos 12 e Tantos", "Match Point" e mais algum que não me lembro agora.

Espero ver, ainda este ano: "A Ciência dos Sonhos", "Babel" e "A Rainha". Eu sei. Tenho de me despachar.

quinta-feira, dezembro 28, 2006

The Cloud Room - Hey Now Now

Pode nem ser a melhor canção de 2006, mas é, de certeza, uma das minhas canções deste ano. Não consigo parar de dançar quando a oiço. E como o ano foi de introspecção acho que este é o melhor tema para contrariar isso. 2007 vai ser o ano para sair cá de dentro.

quarta-feira, dezembro 27, 2006

o melhor vídeo de 2006

É impossível ver este vídeo e não esboçar um sorriso. Fica-se preso ao ecrã e deita-se por terra todos os condicionalismos dos grandes orçamentos e grandes produções. A canção tb não é nada má. vejam o segundo tomo aqui: http://www.youtube.com/watch?v=kvx36pnd6O4

terça-feira, dezembro 26, 2006

Clap Your Hands Say Yeah - Over And Over Again

Fazer listas e definir critérios para o melhor do ano nunca foi bem o meu forte. Mas aqui vai uma tentativa, pessoal para não variar muito. Este foram os discos que mais ouvi este ano, por isso, os melhores de 2006: "Clap Your Hands Say Yeah" de CYHSY, "Gulag Orkestar" dos Beirut, "The Warning" dos Hot Chip, "So This Is Goodbye" dos Junior Boys, "Alright Still" de Lily Allen, "White Bread Black Bear" dos Scritti Politi, "Those the Brokes" dos The Magic Numbers, "Nineteeneighties" de Grant Lee Phillips, "Show Your Bones" dos Yeah Yeah Yeahs, "Ringleader of the Tormentors" de Morrissey, "Anti depressant" de Lloyd Cole, "To Find Me Gone" dos Vetiver, "Howl Howl Gaff Gaff" dos Shout Out Louds, "We Are Not The Infadels" dos Infadels e "He Poos Clouds" de Final Fantasy.

PS: isto sem particular ordem de importância ou exaustão na escolha. Ficam de fora os discos que tive de ouvir muitas vezes por defeito de profissão.

domingo, dezembro 24, 2006

Concerto do Ano

pronto! este foi o escolhido para o Meu concerto do ano. Cid, no Maxime.
Só depois deste posso citar: Gang of Four, Final Fantasy, Block Party, Morrissey, Strokes, She Wants Revenge, Yo La tengo, Vetiver, Chico Buarque, Broken Social Scene, Editors ou Buraka. E olhem que estes foram todos muito bons.

São inevitáveis os balanços nesta altura do ano. As empresas fecham portas e somam as despesas para depois compararem com as receitas, discute-se qual foi o melhor disco, o melhor filme ou livro do ano. Etc, etc, etc.
O que é certo é que todos nós temos esta tendência, de encarar o final do ano como o encerrar de um ciclo, como um tempo de fashbacks e de sentenciar projecções para aquilo que queremos que o nosso futuro seja. Lembro-me que, há um ano por esta altura, passei dias com os olhos vidrados de lágrimas e hoje, mesmo que triste, consegui passar um dia inteiro de gargalhada e reboliço. Por isso, o balanço aqui tem de ser positivo. Este foi, sem dúvida, o ano mais doloroso da minha vida, a queda de muitos sonhos, de desilusão, de angústia inconformada, de uma tristeza absolutamente castrante. Este foi o ano em que travei muitas lutas interiores, em que enlouqueci várias e várias vezes, em que o sentimento de perda foi fatidicamente cruel.
Mas agora, olhando para trás, e com o pouco que ainda me é dado a compreender, este também foi o ano da descoberta, de perceber os meus limites, de me conhecer bem melhor. Foi o ano em que percebi que às vezes, os sentimentos bons podem ser inesgotáveis, incondicionais, reparadores. Foi o ano em que reaprendi a estruturar a minha rotina, foi o ano em que consegui ultrapassar muitas etapas. Foi muito saudável saber que tenho Amigos com quem posso contar, redescobrir outros que estavam mais distantes, fazer novos amigos.
Melhor, acabo este ano com uma quase secreta previsão de um futuro melhor. E, só por isso, o balanço é positivo.

sexta-feira, dezembro 22, 2006

Band Aid - Do They Know It's Christmas

já agora...

Last Christmas - WHAM

Nesta altura até o George Michael podia ser sex symbol, como é que não haveria de acreditar no Pai Natal!

You Just Don't Care Anymore


quinta-feira, dezembro 21, 2006

coisas boas do natal:
comer filhozes quentinhas e acabadas de fritar, estar com pessoas que gostamos muito, a ansiedade dos Ms pela noite, a fé cega da M de que existe realmente o velho das barbas, receber prendas que surpreendemente não estavamos à espera e gostarmos muito delas, estarmos todos de saúdinha e rijos.

coisas más do Natal
o trânsito infernal da cidade há não sei quantos dias, a guita que se gasta não sabe bem em quê, a quantidade de gente que não nos lembramos propriamente de presentear, não termos imaginação suficiente para dar exactamente não ter os Ms comigo, ter vontade de passar por esta noite anestesiada o suficiente para não me sentir mal.

a bem dizer... este ano passava directamente do dia 23 para o dia 2 de Janeiro

quarta-feira, dezembro 20, 2006



Vamos lá ver isto...

JP Simões apresenta "1970", esta noite, no Santiago Alquimista

terça-feira, dezembro 19, 2006

um recuerdo

OK! Do you want something simple?
OK! Do you want something simple?
OK! Do you want something simple?
OK! Do you want something simple?

The news
Do you want something simple?
The look
Do you want something simple?
The letters
Do you want something simple?
The jokes
Do you want something simple?
The games
Do you want something simple?
The nights
Do you want something simple?
The boys
Do you want something simple?
The girls
Do you want something simple?
The words
Do you want something simple?
The friends
Do you want something simple?
The rest
Do you want something simple?
And sex
Do you want something simple?

Why can't you understand
How I'm feeling now
Why don't you feel me
Why can't you understand
Please open your hand
When you don't know how to do
You want my life
But you've just said no more
Everything is just my fault
The life well done
I can't understand you more, yeah
And I can't understand you more

OK! Do you want something simple?
OK! Do you want something simple?
OK! Do you want something simple?
OK! Do you want something simple?
The films
Do you want something simple?
The songs
Do you want something simple?
And love
Do you want something simple?
The drinks
Do you want something simple?
Art pop
Do you want something simple?
TV
Do you want something simple?
The silence

Why can't you decide
How I'm feeling now
Your heart is following mine
Behind this sacrifice
Can't you see the words
Can't you see the things
But I can go on
Why don't you find another
Why everything looks like a crash
When I used to fall
I can't understand you more
And I can't understand you more
And you cry
And your heart don't cry
And you're sitting
Why can't you feel can't you see
What is happening to me
All the thinking time
All the love you gave it to me
Gave it to me
I can't understand you
Why, why this happens
Why can't you see I'm selling lies
Sitting at a table why
Why you want my life
Why do you want me, yeah
And I can't understand you
I can't understand youI can't
Why this happening to me
Why this happening
Can't you see now
Can't you see now
Can't you see
I can't understand youWhy
Why this happening to us

This song is too simple
This song is too simple
This song

segunda-feira, dezembro 18, 2006

"Eu não pus o barco ao mar para ficar a meio caminho"

quinta-feira, dezembro 14, 2006

É desta a noite da piscina aquecida!

terça-feira, dezembro 12, 2006

Amy Winehouse - Rehab

Ando viciada neste tema. Aliás, no disco todo. vejam lá se não apanham o vírus.

domingo, dezembro 10, 2006

As minhas orelhas...

não páram de ouvir:
Mystery Jets: Making Dens
Mute Math: Reset EP
Beirut: Gulag Orkestar
Plan B: Who Needs Action When You Got Words
The Young Knives: Donuts
Sempre quis ser a melhor em tudo. A melhor filha, a mehor amiga, a melhor namorada, a melhor na escola, a melhor no trabalho, a melhor mãe. A mais divertida, a mais compreensiva, a mais fixe, com quem se pode sempre contar, a melhor a fazer desporto e a que sabe mais de literatura, a que sabe cozinhar e é capaz de falar sobre música, a mais atenta e a mais descontraída, a mais qualquer coisa...
Aos pouco tenho percebido que, aquilo que julguei sempre ser uma virtude, por me meter sempre metas mais à frente e me fazer querer crescer, quando mal medido dá-me um sentimento de frustração desmedido. Não sei perder, não sei falhar, acho que quando o faço desmorona toda a imagem que os outros têm de mim. Pior, exigo vulgarmente de quem mais amo a mesma solicitude e o mesmo querer ser melhor que os outros, tal como exijo de mim.
Nestes tempos tenho percebido que me devo perdoar mais, me devo aceitar mais quando falho, devo pedir mais desculpa, devo aceitar mais desculpa, devo ceder, devo incentivar, não esperar de mim e dos outros aquilo que ainda não podem dar. E a paciência... se o mundo fosse medido pela paciência eu chumbava.

sexta-feira, dezembro 08, 2006

E continua a ser estranho o regresso à minha casa vazia, mesmo depois de uma noite muito bem passada... Continuo a não voltar para casa.

segunda-feira, dezembro 04, 2006

Exististe ou foi só na minha imaginação?

sábado, dezembro 02, 2006

Portugal car accident - GHOST

eles andem aí

Num Mundo Perfeito...

... não haveria sentimentos depressivos, num mundo perfeito não haveria desncontros. Num mundo perfeito não teríamos necessidade de procurar o amor, ou ter de o esquecer. Num mundo perfeito haveria sempre gente dentro de casa e só estaríamos sozinhos quando assim o escolhessemos. Num mundo perfeito todos faríamos o que gostaríamos de fazer e ainda ganhavamos dinheiro com isso. Num mundo perfeito até podia não haver dinheiro. Todos teríamos acesso ao mesmo e todos teríamos a liberdade de escolher ser ou não ser. Num mundo perfeito quando houvesse insegurança, haveria incentivo. Num mundo perfeito, quando houvesse saudade, haveria uns braços abertos e o aconchego de se ser bem-vindo. Num mundo perfeito poderia contar histórias e não ter de fazer contas no final do mês. Num mundo perfeito só chovia quando precisassemos e podia viver na praia. Num mundo perfeito, amanhecia sempre com a cama cheia, mesmo que me apetecesse dormir mais um bocadinho. Num mundo perfeito não havia mortes permaturas, nem teríamos comportamentos incompreensíveis, mesmo para nós. NUm mundo perfeito teríamos sempre esperança no que a vida nos reserva e não andávamos em círculos sem sair do mesmo lugar. Num mundo perfeito não havia Natal. Lembrávamo-nos de quem nos é querido semter data marcada. Num mundo perfeito não teríamos de fazer escolhas que nos levam o sorriso e amadurecíamos com a felicidade e não com a contrariedade. Num mundo perfeito não teríamos de andar a poupar água, nem ter medo do buraco negro. Num mundo perfeito eu e tu estavamos felizes.


Ah! e num mundo perfeito o Sporting ganharia sempre ao Benfica.

sexta-feira, dezembro 01, 2006

Sporting 7 Benfica 1

Este post tão bonito será dedicado ao meu tio jorge e às lágrimas de alegria que vertemos neste dia, ao meu irmão Pedro por ser mais que um pai para mim e me incutir o mesmo espírito leonino que o fez ser o grande homem que é, às pernas do Mário Jorge que eram bem jeitosas, aos 65 euros que não dei hoje para estar no Avaláxia XXI, e a todas as alegrias neste mundo! Paz na Terra aos Homens de boa fé!! Sporting para Sempre!

;)

quinta-feira, novembro 30, 2006

God's Gonna Cut You Down

Podia ter mil e uma razões para colocar este vídeo no Gira... o tema, o vídeo, o morto, tantas e tantas estrelas. mas coloco só por uma razão. Tinha saudades do Johnny Depp.

Hoje sonhei com lagartos. Bué da lagartos!

Será um isto um bom presságio?

terça-feira, novembro 28, 2006

Programinha de fim-de-semana


WhoMadeWho
dia 30, Clube Mercado
Sporting-Benfica
dia 1, Estádio dos maiores
noite do vestido ou piscina aquecida
dia 2, depois vê-se
Yo La Tengo
dia 3, Aula Magna

e mais encontros do 3.º grau se prevêem!
Wont you please let me go
These words lie inside they hurt me so
And Im not the kind that likes to tell you
Just what I want to do
Im not the kind that needs to tell you
Just what you want me to
I saw you this morning
I thought that you might like to know
I received your message
And in a few days ago
I understood every word that it said
And now that Ive actually heard it
Youre going to regret
And Im not the kind that likes to tell you
Just what you want me to
Youre not the kind that needs to tell me
About the birds and the bees
Do you find this happens all the time
Crucial point one day becomes a crime
And Im not the kind that likes to tell you
Just what I want to do
Im not the kind that needs to tell you
Ive lost you (x5)
Ive lost you (x5)
Ive lost you (x5)

New Order

segunda-feira, novembro 27, 2006

São várias as vezes que me vem à cabeça uma parábola que li algures no tempo e no espaço. A história do homem que atou as mãos e se fechou numa caverna porque fazia mal aos outros, lhes provocava mal-estar e isso o fazia ter a maior das culpas que um home pode carregar. E assim fez. E assim conseguiu não fazer o mal.
Mas também assim conseguiu não fazer o bem!

domingo, novembro 26, 2006

Quem não faz nada faz mal!

terça-feira, novembro 21, 2006

As minhas orelhas...

não deixam de ouvir:
Les Georges Leningrad: "Eskimo"
The Legends: "Facts and Figures"
The Magic Numbers: "Those The Brokes"
Shiny Toy Guns: "We Are Pilots V3"
Six Organs of Admittance: "Compathia"
Sonic Youth: "The Destroyed Room"
Amy Winehouse: "Back to Black"
Tap Tap: "Lanzafame"
The Sunshine Underground: "Raise the Alarm"
The Veils: "Nux Vomica"
The Upper Room: "Other People's Problem"

domingo, novembro 19, 2006

Não podemos fazer com que alguém se apaixone por nós. Nao nos podemos apaixonar por quem queremos. Porque é que é tão difícil que tudo se conjugue? Porque é que também é tão fácil que tudo se conjugue? Porque é que não abandonamos o que é difícil? Porque é que não nos entregamos ao que parece mais fácil? Porque é que parece ser tudo tão aliatório e alheio à nossa vontade?

quarta-feira, novembro 15, 2006

Estes gajos é que a levam direita...

haverá melhor maneira de ilustrar aquilo que quero da vida? não, não é beber de galochas com água até aos joelhos.
Mas sim cagar nas contrariedades e manter a boa onda!
O medo que dá depararmo-nos com o absurdo. O medo que dá esta sensação de que somos impontentes perante o nosso destino e muito mais sobre o destino e a felicidade dos que amamos. A verdade de que podemos viver com alguém ao nosso lado uma vida inteira sem de facto conhecermos realmente as pessoas e sabermos as suas necessidades. A constante mudança das nossas necessidades. A simplicidade de alguns gestos e o que eles provocam, para o bem ou para o mal. A falta de atenção que temos em relação aos outros e a falta de atenção que temos em relação a nós. E o absurdo... O absurdo de vivermos nesta correria estranha e sem sentido e na nossa essência não sabermos o que queremos realmente na vida e o que nos faz feliz.

E o medo de perder quem amamos porque não dissemos a palavra certa ou não estavamos lá no momento exacto. O medo de não darmos nunca tudo o que podemos dar, o medo de não dizermos que amamos as vezes necessárias, o medo de que nem dizendo, nem amando façamos os outros sentirem-se amados.

O medo de nunca mais ouvir: amo-te muito!

domingo, novembro 12, 2006

Encontrei uma nova forma de conter ansiedades desenfreadas e distrair a solidão nos meus dias mais virados para mim. Descobri há pouco tempo o prazer do voyeurismo e poderia fazer desta posta algum com um título tão óbvio como: A Janela Indiscreta. à noite, do meu terraço, a minha única vista é um quarteirão de janelas iluminadas, todas elas com vida própria. É muito engraçado!

PS: não pensem as minhas amigas prevertidas que já vi algum corpo escultural que me vem dizer adeus todas as noites. Mas a esperança é a última a morrer!

quinta-feira, novembro 09, 2006

Agora eu era o herói
E o meu cavalo só falava inglês
A noiva do cowboy
Era você
Além das outras três
Eu enfrentava os batalhões
Os alemães e seus canhões
Guardava o meu bodoque
E ensaiava um rock
Para as matinês

Agora eu era o rei
Era o bedel e era também juiz
E pela minha lei
A gente era obrigado a ser feliz
E você era a princesa
Que eu fiz coroar
E era tão linda de se admirar
Que andava nua pelo meu país
Não, não fuja não
Finja que agora eu era o seu brinquedo
Eu era o seu pião
O seu bicho preferido
Vem, me dê a mão
A gente agora já não tinha medo
No tempo da maldade
Acho que a gente nem tinha nascido
Agora era fatal
Que o faz-de-conta terminasse assim
Pra lá desse quintal
Era uma noite que não tem mais fim
Pois você sumiu no meu mundo
Sem me avisar

E agora eu era um louco a perguntar
O que é que a vida vai fazer de mim

para só citar um dos momentos em que o meu coração bateu bem depressa na noite passada...E agora voltavamos a ser crianças e a sonhar...


E agora perguntam vocês: 'Porque raio esta gaja põe agora aqui esta foto? Passou-se"

E deixo-vos algumas pistas. Não, não é uma sequência lógica, da vaca vem a Sharon Stone. Não, não tenho pretensões a pintar o cabelo de loiro e ter umas pernas fantásticas. Não, não tenho esta como a melhor actriz do mundo.

Está aqui esta foto da Sharon Stone, mas tinha de ser esta foto, retirada do filme a que pertence. Não por ela... mas pelo simbolismo.

Chegam lá? é difícil, eu sei! Dou um doce a quem adivinhar.

domingo, novembro 05, 2006

sexta-feira, novembro 03, 2006


Hoje foi dia de muito stress... muitíssimo stress. e os quatro dias que se avisinham não prometem melhor...
Para contrariar isso, para além dos chazinhos calmantes, das brocas relaxantes e das caipirinhas entusiasmantes, é dia de Maria Antonieta e de dancetaria no S. Luiz. Não soa bem? soa-me a soquetes e convites para dançar. Meninos para um lado, meninas para o outro... ou tudo ao molho, logo se vê!

e a melhor notícia do dia. Um dia extra de Chico Buarque que me vai fazer culminar os dias de stress nalguma coisa de muito boa onda.

terça-feira, outubro 31, 2006


Que as há há!

sábado, outubro 28, 2006

Havia o amor de ser simples como aos olhos das crianças... amava-se e pronto! "diz-lhe isso..." Tudo fosse como na cabecinha deles e era tudo bastante mais fácil. Queria eu ser criança outra vez, ou amar com a incondicionalidade com que amam, e ser amada da mesma maneira. Havia o amor de ser simples e pronto...
Mas não! É esta merda que mal me deixa respirar e quanto mais incodicional mais sufocante fica... Fará isto sentido?

quinta-feira, outubro 26, 2006

As minhas orelhas...

não deixam de ouvir...
Badly Drawn Boy: "Born in the U.K."
Les Georges Leningrad: "Eskimo"
The Dears: "Gang of Losers"

quarta-feira, outubro 25, 2006

Gostava de ter poderes de varinha mágica e usar uns pózinhos para nos limpar e nos fazer sorrir sem mágoa, sem dor, com esperança no futuro e nos tempos que aí vêm. Gostava mesmo!

segunda-feira, outubro 23, 2006

E abraçamo-nos, e rimo-nos, e dançámos e se o mundo acabasse agora eu acabava feliz!

sábado, outubro 21, 2006

If I saw you here tonight
half lit meloncholy night
I got you here under my skin
trying to make you laugh again
when I open up my eyes
I wanna see your face
and when you call me
will you stay with me a while?
gently breaking into a smile
you know I need you like a chinese star
so tell me, can you hear my heart?
could you hear me one more time?
and put your fingers to my spine?
and when I open up my eyes,
I wanna see your face
and when you call me,
could you stay with me a while?
and gently break me with your smile
you know I need you like a chinese star
so tell me can you hear my heart?
and when you come in,
can you stay with me a while?
and gently break me with your smile
you know I need you like a chinese star
so tell me, can you hear my heart?

Half Lit
Richard Swift


Hoje é dia de festa! de muita festa! é dia de roçar rabos e rir a bandeiras despregadas. É dia de Xau Ya! Dia de Kuduro e Buraka.

Mas não só. Bonde do Role, o trio brasileiro, de Curitiba passa pelo Mercado para fazer a sua new rave. espreitem aqui.

Estamos nessa. Antes pessamos pelo Fremitus para dar um abraço de alce ao Sr. Pi!

e antes ainda pomos a escrita em dia.

sexta-feira, outubro 20, 2006

quinta-feira, outubro 19, 2006

ciclo de cinema brasileiro


Começa hoje um ciclo de cinema brasileiro no cinema S. Jorge. Depois daquilo que têm exportado e que tanto tem agradado, acho que vale a pena ir lá espreitar umas coisas. Aqui fica o programa:
19 de Outubro - "Vinícius", de Miguel Faria Jr
20 de Outubro - "Fábio Fabuloso", de Pedro Cezar, Ricardo Bocão e António Ricardo; "Zuzu Angel", de Sérgio Resende e "Olga", de Jayme Monjardim
21 de Outubro - "Castelo rá-tim-bum", de Daniel Filho; "Cazuza - o tempo não pára", de Sandra Werneck e Walter Carvalho
22 de Outubro - "Redentor", de Cláudio Torres; "Cidade Baixa", de Walter Salles; "Jogo Subterrrâneo", de Roberto Gervitz; "Cinema, Aspirinas e Urubus", de Marcelo Gomes

buga lá?

quarta-feira, outubro 18, 2006

As minhas orelhas...

...não deixam de ouvir:
Jarvis Cocker: "The Trip"
Clinic: "Visitations"
The Veils: "Nux Vonica"
The Roots: "Game Theory"

e outra vez
Final Fantasy: "Has a Good home", como se não houvesse amanhã, nem tivesse existido ontem! Porque tardei a ver, mas não dei pelo tempo passar e se pudesse ainda lá estaria. Porque desta vez, aquele violino fez-me chorar a sorrir, ou sorrir a chorar. E é tão bom sentir-me mexer cá dentro!
Fui tirar o novo BI. Alterei tudo o que tinha para alterar... acreditem que era mesmo muita coisa. E, já a limpar o dedo borrado de tinta, a senhora pergunta: "Quer voltar a medir-se". Sorri! Encolhi os ombros e acenei com um "pode ser!", pensando, "nesta idade é que agora ia cresecer". Pasmem-se então. A diferença não é de um nem dois centímetros. São 4 centímetros a mais os que tenho, passados quase 6 anos. E das duas uma, ou cresci, com todo aquele sentimento filosófico da coisa, ou mantém-se visível aquele grande par que pensava já não ostentar. Querem dar-me a vossa opinião?

terça-feira, outubro 17, 2006

E se pensássemos menos na vida, e vivessemos mais?!!!!

segunda-feira, outubro 16, 2006

A Vida sem TV


Não é assim tão fácil... Saberá do que falo quem desde sempre se habituou a ter a televisão ligada, independentemente do que ela esteja a transmitir. Chateia-me, às vezes chateia-me. Principamente quando jogam os maiores e não posso fazer os eventos do costume sob esse pretexto. Chateia-me não conseguir ver um filme em condições porque a maioria está em 5.1. Chateia-me ainda mais isso aborrecer a M.
Contudo, no reverso da medalha, é fixe não ter dependência. É fixe simplificar as nossas necessidades, é fixe não termos a cama feita e optarmos por não estar no sofá à frente da tv. Até porque não tenho ambos! E é fixe pensar no que se vai fazer então, o que se vai ouvir, para onde se vai sair!

sexta-feira, outubro 13, 2006



Um homem não pode ter sucesso, não pode ter um grande balneário, não pode ter vários jogadores a elogiá-lo ao mesmo tempo, não pode ganhar ao Inter e reclamar da mão do Paços de Ferreira?

Um homem não pode ter um look próprio, estar a borrifar-se para os penteados urban fashion, cagar-se mesmo para que digam que ele repete demasiadas palavras no seu discurso inteligente?

têm de arranjar logo maneira de o difamar. Lampionada de risco ao lado!

Contra os macaquinhos no sótão e todos os animaizinhos que habitam no nosso inconsciente! Contra as ideias pre-concebidas e as expectativas goradas. Contra as crises de ansiedade e os comportamentos compulsivos. Contra os sonhos maus que nos incomodam o sono, contra o sofrimento por antecipação. Contra a falta de segurança e os medos mascarados. Contra as conchas e os espinhos, os desbloqueadores de conversa e os bocejos sem querer. Contra as comparações desnecessárias, os fantasmas e os resquícios. Contra a merda que nos enche a cabeça e não nos deixa descansar.

De pé ó vítimas da Fome, lá lá lá lá lá....

quinta-feira, outubro 12, 2006

E não é que me está a dar aquele friozinho na barriguinha.... E é fixe!

quarta-feira, outubro 11, 2006



o Thom Yorke que quer ser dread, os dreads que querem ser o Thom Yorke... resultado um disco dread de versãos de um dos melhores discos que tenho em casa. Radiodread, A Complete Reggae Version of Radiohead' OK Computer, o disco editado em setembro conta com as participações de gente como Horace Andy, Morgan Heritage, e outros dreads. Fica a referência pela piada, porque eu prefiro bem mais o original. Escutem aqui.
o mais dificil destes dias: não ter expectativas sobre o futuro
o mais fácil nestes dias: o meu sorriso que aparece sem perceber bem porquê
o mais proveitoso nestes dias: estar em minha casa com os Ms
o mais assustador destes dias: depender só de mim
o mais divertido destes dias: descobrir pessoas novas
o mais confortante destes dias: manter aquelas pessoas
o mais frustrante destes dias: o top de vendas de discos
o mais angustiante destes dias: não saber como estão os Ms durante o dia
o melhor destes dias: o abraço apertado que recebo quando chego no final do dia
o mais estranho disto tudo: pensar que tenho futuro...

terça-feira, outubro 10, 2006

Final Fantasy

Não sei porquê mas o projecto de Owen Palette, dos Arcade Fire, tem-me acompanhado no último ano da minha vida e, bem ou mal, tem sido uma das bandas sonoras de toda esta revolução que se faz dentro de mim. Lembro-me de uma tarde chuvosa, no final do ano passado, em que ouvia em repeat "This is the Dream of Win & Regine", a canção que Owen fez para oferecer como prenda de casamento a um casal amigo. Lembro-me de estar na minha sala, na minha casa, deitada no meu sofá azul, a pensar no meu casamento... Engraçado, que agora recordo tudo isto com um sorriso triste na cara, porque de tudo desta recordação, só sobrou a canção. Palette já passou por Portugal várias vezes e nunca tive oportunidade de o ver. Desta vez, com os bilhetes na mão, nem que caiam canivetes...
E, com um sorriso mais alegre na cara, penso que esta será a banda sonora para algo de novo, que ainda não sei bem o que é, mas quero permitir-me descobrir!
e como não sou egoísta, oiçam aqui!

segunda-feira, outubro 09, 2006

Ainda há dias alguém falava das palavras começadas por R. De Renovar, de Renascer, de Ressuscitar, de Reviver, de Regressar, de Reencontrar, de Resplandecer, de Recomeçar... Mas hoje a palavra que me apetece reescrever é Rir! Rir! Rir!
Há tanto tempo que não me doia a barriga de tanto rir.
Há tanto tempo que não "perdia tempo" a rir a bom rir!
Faz rugas faz! Faz é um bem do caraças. E quero Repetir!

domingo, outubro 08, 2006

Segunda, dia 9 de Outubro: 1.º dia do M na escola!
mais um cordão umbilical que se rompe!
Boa sorte bebé!

sexta-feira, outubro 06, 2006

Today I watched the boats
Moving through the harbor
Walking on waterIn your arms
I'd stay
Forever if I could
Forever if I may
Keeps me in your thoughts, don't disappear
I am on your side
And so alive
So alive it isn't real
If this is how I feel
Then nothing now is true
And nothing now can ever be taken away from you
Sinking in the past
The things that shouldn't last
Just put to bed and stand beside me
Stand beside me
Always on your side
I'm on your side
And so alive it isn't real
I am on your side
And so alive
And so alive
And so alive

I am on your side
I am on your side
I am on your side
And so alive

So Alive
Ryan Adams

quarta-feira, outubro 04, 2006

Pela primeira vez, em muitos meses, sinto-me excitada com o futuro. Ontem passei o dia com um sorriso parvo na cara e apeteceu-me abraçar todos os meus amigos e familiares, os mesmos que me têm levado ao colo durante todo este tempo, umas vezes com mais ou menos paciência. Senti-los agora felizes por me sentirem entusiasmada com alguma coisa é muito reconfortante.
E, sinal de que a limpeza pode estar a processar efeitos positivos em mim, foi o facto de muitas das contrariedades de ontem não me terem atirado ao chão como de costume. E juro que não foram coisinhas fáceis. Algumas até bem chatas. Mas, o facto é que relativizei tudo, como tenho insistido comigo em fazer. Relativizar!

Ontem, no meio da minha insónia forçada, perto das 3 da manhã, na tv vi uma entrevista da Ana Sousa Dias a um filósofo catalão. Apanhei a coisa no fim, mas fixei uma das respostas que ele deu. Falavam da morte e da sua importância para a humanidade. E ele dizia que a morte é a única coisa que nos faz pensar. Se fosse certa a eternidade não tínhamos medo de perder pessoas, capacidades, tempo, etc. Ninguém ama o eterno, ama aquilo que pode perder. E é essa condicionante que muda tudo. Mesmo quando acreditamos na vida eterna, não acreditamos nela por si, mas porque será a possibilidade de viver eternamente com aqueles que amámos e já perdemos.

Por isso, tenho de relativizar as coisas, o dia a dia, o trânsito, a rotina, a repreensão, o sentimento de culpa, a falta de amor ou o excesso dele, as noites mal dormidas, os contratempos, as zangas e discussões, os comportamentos inadequados... pensar no que me faz falta e lutar por isso e fazer com que quando perder as pessoas que amo ter a certeza de quem dei o meu melhor para que fossem felizes.

terça-feira, outubro 03, 2006

Um amigo meu disse-me um dia uma coisa que tenho vindo a pensar desde então: Muitas são as pessoas que entram nas nossas vidas, das mais diversas maneiras, umas de forma mais intensa que outras, mais marcantes, mais ligeiras... enfim, estamos sempre a cruzar-nos com pessoas diferentes que nos vão mais ou menos ditando e contribuindo para o nosso destino. Há quem se cruze connosco num dia, numa noite e que nos faça mudar mais do que quem passa connosco uma vida. Mas, a grande diferença das pessoas é a forma como elas querem ou deixam de fazer parte das nossas vidas! E aí sim, marcam a diferença.
Obrigado amigo, tenho aprendido com esta nossa conversa.

segunda-feira, outubro 02, 2006

Será que tenho gravado na cara? Ou é mesmo verdade que ao desbloquearmos atitudes mudamos comportamentos... talvez isso chame a atenção dos outros. Não me sinto diferente, mas estou diferente. E as pessoas percebem, mesmo sem dizer muita coisa. Ou adivinham? Sei lá! Interessa lá isso agora. Interessa que uma por dia dá saúde e alegria! Essa é que é essa.

domingo, outubro 01, 2006

entre caixas e caixotes...

... lá se vai ouvindo:
Sparklehorse: "Dreamt ForLight Years In the Belly of a Mountain"
Yo La Tengo: "I'm Not Afraid of You and I Will Beat Your Ass"
Koop: "Koop Islands"
Lloyd Cole: "Anti Depressant"
Charlotte Gainsbourg: "5:55"
The Decemberists:"The Crane Wife"
Bonnie Prince Billy: "The Letting Go"

Falava-vos de obstipação e daquela sensação de que o que custa é aquele primeiro esforço... depois alivia tudo!
Mas esta conversa de merda não tem mesmo nada a ver com a sua literal conclusão. Porque não é de merda que quero falar, nem de qualquer tipo de esforço.
Falar talvez de um passo, da coragem de fazer o que apetece, sentir-se bem com o que leva até ali, sentir-se segura na sua própria pele, sentir-se desejada.
E por muitas e muitas razões esta foi uma madrugada memorável!

sexta-feira, setembro 29, 2006


Os mortos não falam, não levantam questões, não fazem perguntas repetidas para ouvir as mesmas respostas... Os mortos não são infelizes, mas tb não são felizes, não se indignam, não protestam, não chamam a atenção. Os mortos não amam e não deixam de ser amados.
Não quero ser morta.
Não quero continuar a amar os mortos.
Quero fazer o luto, passar à frente. Porque estou viva!

A casa

Não tem umas áreas fabulosas, não tem sequer áreas porreiras. Não tem vista para a cidade, muito menos para o mar, não tem jardim nem piscina, não tem árvores de fruto, nem dá para ter em exposição todos os meus discos e livros. Se ponho a cama tenho de ficar sem cómoda, se ponho uma mesa prescindo do sofá. Também não tem ainda muita vida e histórias para contar. Não dá para receber toda a gente ao mesmo tempo nem posso contar com muitas visitas. O quinto andar vai assustar a maioria. Mas também virão os mais importantes, será feita a filtragem natural da coisa.
Já é minha, a partir de hoje, minha e dos Ms. E vamos viver nela o que tivermos para viver. Sem grandes expectativas, sem comparações, tentando não ter muitas saudades do que foi e do que somos, e uns dos outros. Vamos apostar na qualidade e não na quantidade, no tamanho e na aparência.
E apetece-me acreditar e dizer como o outro: Aqui vou ser Feliz!
Nem que seja porque me vai permitir não me acomodar.

quinta-feira, setembro 28, 2006

os pós e os contras

Começo a entrar no estágio de preparação psicológica para a entrada do M na escola. Todos os dias me deparo com pequeninos seres indefesos aos gritos nos corredores a chamar pelas mães e pelos pais. E advinho o tormento que começarão a ser as minhas manhãs, até ele se habituar à rotina. Fico logo com um nó na garganta e acho que vai ser fácil até porque a M pode dar lá uma mãozinha.
No entanto, e como estou obrigada pelos médicos a ver o lado positivo das coisas, há novos pais por ali. Nunca eu na vida olhei para pai nenhum daquela escola... Mas o destino tem destas coisas e, agora, quando não há mal nenhum em olhar (e estou só a dizer olhar) eis que tenho um pai, giro por sinal, a dar-me os bons dias todas as manhãs, a esperar por mim para me segurar a porta (que é tão pesada) e a dizer-me adeus do meio da estrada, quando passo com o carro, normalmente a correr porque vou sempre a atrasada.
Será que podemos acreditar em providência divina?

quarta-feira, setembro 27, 2006

A revelação

Hoje tive uma surpreendente revelação.
Íamos no carro, a ouvir o disco dos Rapture, ensonadas, com o sol matinal a querer romper as nuvens e ela diz-me:
- Eu e os meus amigos sabemos quem é o Pai Natal!
Arregalei os olhos e sorri. "Pronto!", pensei eu. "Mais uma que perdeu a inocência de forma brusca e absurda. Alguém lhe disse que não existe Pai Natal e que somos nós que gastamos rios de dinheiro a comprar merdas que não servem para nada."
- É o sr. Dias lá da ginástica, continuou ela a olhar evasivamente pela janela.
-O sr. Dias?? digo eu.
-Sim. Já o conheço há muito tempo!
-E ele é lá da ginástica?
- É! Faz tubos.
-Tubos? perguntei sem saber do que estava a falar. Tem dois empregos, portanto?
- Sim, faz tubos e brinquedos.
E calou-se. Como se esta verdade absoluta bastasse para que todas as respostas fossem dadas e fizessem sentido.
E fui eu a fazer perguntas dentro de mim o resto do caminho.

segunda-feira, setembro 25, 2006

Já experimentaram estar de braços abertos uns minutos, horas, dias, ou mesmo alguns meses?

sábado, setembro 23, 2006

Porquê? Porquê? Porquê? Porquê? Porquê? Porquê? Porquê? Porquê? Porquê? Porquê? Porquê? Porquê? Porquê? Porquê? Porquê? Porquê? Porquê? Porquê? Porquê? Porquê? Porquê? Porquê? Porquê? Porquê? Porquê? Porquê? Porquê? Porquê? Porquê? Porquê? Porquê? Porquê? Porquê? Porquê? Porquê? Porquê? Porquê?

Porquê?

sexta-feira, setembro 22, 2006

E a ideia é namorar, namorar, namorar... sem ser preciso mais nada!

quinta-feira, setembro 21, 2006

A luz!

Hoje vi a luz!
Vi que o futuro traz coisas boas e que continuará a não trazer o que esperava. Vi que espero o que não mais vou ter e que terei de procurar algo diferente. Vi que tudo tem o seu tempo para se arrumar e que mais tarde ou mais cedo vai estar tudo mais arrumado. Vi que vou conquistar muita coisa, que me vou conquistar a mim e que vou ser conquistada.
Contra a dependência, a favor do prazer em se estar com aqueles que nos amam ou um dia vão amar. Contra a frieza, a favor da vida intensamente vivida, com tudo o que ela tem de bom e de mau. Contra o egoísmo, a favor de uma entrega a todos aqueles que a merecem. Contra o desespero, a favor da tranquilidade que é chegar a casa e ter alguém à nossa espera.
Hoje vi a luz! e sou feliz.

quarta-feira, setembro 20, 2006

vamos?

22 de Setembro, the Pillowman, Maria Matos
23 de Setembro, Hipnose, gare marítima de alcântara
26 de Setembro, Peaches, Garage
30 de Novembro, WhoMadeWho, Clube Mercado

terça-feira, setembro 19, 2006

A denúncia

Tive hoje um acordar no mínimo sórdido. Antes de abrir os olhos e perceber o que se passava já os gritos me entravam pela cabeça. Os vizinhos de baixo insultavam-se mutuamente, ele batia-lhe, ela arremessava-lhe coisas... Ela está grávida, existe uma criança naquela casa de 5 anos de idade (que nunca se ouviu em momento algum), ele é um bisonte, deve ter mais de 2 metros de altura e já antes tinhamos chamado a polícia àquela mesma casa porque ele batia na avó.
Desta vez encolhi-me, agarrei-me à minha filha e quis que ficassemos ali para sempre, no escuro, na cama, a salvo de todos os horrores do mundo, sem sofrer, sem fazer sofrer. Por momentos, quis não ter filhos, não quis que eles alguma vez passassem por uma situação semelhante, que alguma vez fossem a vitima, que alguma vez fossem a besta.
E paralizei. Não chamei a polícia no meio da indignação. Pensei que essa tomada de posição deveria ser tomada pela mulher que depois de ela própria se ter indignado, saiu para a rua, com o filho ao colo e ao lado do agressor.
O que vale um casamento? O que vale o pai dos nossos filhos? Qual é o preço de manter uma família? Que sentido faz tudo isto? Onde é que fica o amor próprio no meio da submissão? Em que medida devemos ceder sem pisar o risco da repressão?

sábado, setembro 16, 2006



Qualquer repressão a isto é pecaminosa. Qualquer que seja o intuito de nos condicionar é negativo. Sou livre de escolher. Sou eu que tenho de me libertar!

sexta-feira, setembro 15, 2006

E viver não será isto? não será um dia não e um dia sim? Um dia somos mais nós, noutros tentamos esquecer que existimos... um dia somos o que há de mais importante, no outro podemos esquecer os nossos desejos e ansiar que sejam satisfeitos sem que seja preciso pedir. Um dia as perguntas jánão se fazemou porque deixaram de se querer saber as respostas, ou porque as respostas foram dadas sem ser preciso dar o ponto de interrogação. Um dia tudo será claro, um dia tudo será claro, um dia tudo será claro!
E nesse dia, seja ele amanhã ou daqui a muitos anos, nesse dia vou conseguir confiar que sempre estiveste aí e que até me tenhas levado ao colo quando me senti desesperada. Agora ainda preciso de sinais, amanhã quem sabe não descubro que não procuro mais sinais nenhuns.
Sei que tenho muitos colos a quem recorrer se o colo que preciso não estiver lá. E esses são tão ou mais preciosos, e desses eu tenho de cuidar também.
Hoje vou brindar a todos os que me oferecem colo, em vez de chorar os que mo recusam.
A todos vocês!

quinta-feira, setembro 14, 2006

E se há dias assim, há dias assado... Dias em que as lágrimas nos saltam dos olhos mais depressa do que nos apercebemos, em que a angústia é tamanha que quase não nos deixa respirar, em que nos sentimos descontrolados porque sabemos que não somos donos das nossas vidas, que dependemos de um sim, de dois braços que se abrem e nos abrigam num colo, ainda que esse colo só tenha para nos dar o silêncio. Há dias assim... em que partimos para parte incerta porque não nos sentimos bem em lado nenhum, porque não temos nada ao que chamar casa, porque não estamos cá. Há dias que nos faz falta que alguém atenda o telefone e nos oiça simplesmente, alguém que nos diga, não estejas assim, tudo se vai resolver. Alguém que não nos faça sentir mal por esperar que algo de bom aconteça e nos chame a atenção por estar a pintar um quadro negro! Alguém que nos diga, chiu! não sejas tolinha, e nos limpe algures as lágrimas que teimam em encharcar a cara.
Há dias assim em que não há esperança em nada, não há um pormenor que nos faça acreditar, há retrocesso em tudo, volta o medo, a solidão, a falta de paz de espírito, o deitar na cama e dar voltas e voltas ao mesmo assunto.
não podia ser mais fácil esta merda????
não podia ser mais fácil sermos felizes e pronto? Dar valor àquilo que temos e só sentirmos falta do que temos?
Puta que pariu esta merda do caralho. um grande Foda-se para isto! Se tás aí não me dás oportunidade de ser feliz? Existes ou não, caralho?? Foi-se o piu, foi-se a força, foi-se a esperança. resta isto, este caco de mim que não interessa a ninguém!

terça-feira, setembro 12, 2006

Querem melhor dia do que este...


...em que os maiores enrabaram finalmente estes italianos sonsos com equipa de playstation? Vão mas é para vossa casa, toldos dum cabrão!
E porque não haver um dia em que vos fale de gestos simples, palavras que partilham sentimentos, confiança no que aí vem, certezas do que não se quer, algum respirar mais fundo, mas desta vez com um sorrisinho na cara, algum baralhar o espírito, mas desta vez com vontade de ser esclarecida. Os silêncios que são preenchidos, a distância que se encurta, os tormentos que se tornam mais relativos.
Porque não falar-vos de dias em que as dúvidas não duram muito tempo, ou o suficiente para nos levar o pensamento nas suas sórdidas artimanhas. Porquê não vos falar de um dia em que o bater do coração não é feito de ansiedade sofrega, mas sim da certeza que um dia destes, acordamos, e vivemos o presente como se fosse a melhor época das nossas vidas.
Porque não falar-vos do dia de hoje que, como previa a M de manhã, foi um dia feliz!

domingo, setembro 10, 2006

O Pão de Forma


É quase tão famosa quanto o carocha. Começou a ser idealizada em no final dos anos 50 e, nos anos que correm, são já vistas como raridades. No Brasil, as Combi, como lhe chamam, encontram-se aos molhos. Em Portugal, as Pão de Forma, são mais preciosas. Na falta de uma autocaravana, xpto como já ambicionei, não me importava mesmo nada de ter a Wolkswagen Tipo 2, para pegar nos meus filhos e correr mundo... É só o preço da gasolina descer que esse é o meu próximo passo para o Infinito.

sábado, setembro 09, 2006

E porque não com Maçaroca!


Do que eu precisava era de um HEROI assim. Podia ser menos penteadinho e levava-lhe uns disquinhos para ouvirmos nas alturas... mas não era mal pensado!

terça-feira, setembro 05, 2006

Coisas para ouvir com mais atenção



Pop Levi
Kids in Tracksuits
Padded Cell
Micah P. Hinson (aqui na imagem)

Na blogosfera

os sitios por onde passo regularmente:
Os Homens não se querem bonitos
No Reino de Carlota Joaquina
We Wanna Get Loaded
Coentron
Toca Arquivar
Farrapos
Eu no cú não aprecio
A Pensar Morreu Um Burro
Sound & Vision
Planeta Pop
Juramento Sem Bandeira
A Vitima Respira
Um Pouco Mouco
Depois de ter passado a manhã a ouvir o novo disco do Caetano Veloso, "Cê", e de sorrir com uma canção em que ele passa uns belos minutos a proclamar "Estou-me a vir", percebo que há sensações pelas quais não passo há muito e por causa delas nutro por outros um sentimento feio: a inveja!
Tenho inveja de quem se vem. Mas não é do orgasmo por si. Esse tenho-o na hora que quiser. É aquele orgasmo, com quem queres "orgasmar".

domingo, setembro 03, 2006

O que quero ir ver:

Craigie Horsfield (Centro de Arte Moderna, até 24 de Setembro)
Feira da Ladra (terças e sábados, no Campo de Santa Clara)
"O Paraíso, Agora!" (de Hany Abu-Assad, no King às 22h)
"Sonhar com Xangai" (de Wang Xiaoshuai, no King às 21h45)
"Volver" (de Pedro Almodóvar, estreia para a semana)

Por onde pretendo passar:

Marisa Monte (8, 9 ou 10 de Setembro) no Coliseu de Lisboa,
Vetiver (16 de Setembro) na ZDB
Chico Buarque (3, 4 ou 5 de Outubro) no Coliseu de Lisboa
Final Fantasy (16 de Outubro) no Clube Lua
Lisa Germano (2 de Dezembro) no Santiago Alquimista
Lambchop (10 de Dezembro) na Aula Magna

sábado, setembro 02, 2006

quarta-feira, agosto 30, 2006

Hoje não consegui deixar de ouvir isto


Face Me

When you look away from me
I feel the anger go straight to my head
Cause I'm feeling deceived
And it's not what you say
But the way that you say it
I worry inside
Do you lie to me, lie to me?
What do you hide from me?
Face me

Face me
Need you to face me
Don't have to turn away to say that
I'm the man you want to be with
Make me believe it
You know you've got my life just waiting in your hand
Don't look away now
Face me and say how
You want me still

Love me
Need you to love me
Look right into my eyes
And I'll believe it's true
Don't be uncertain
Pull back the curtain
Just say it right to me
So I'll believe it too
Don't have to sell me
Just need to tell me
You love me too

Some call it vain
Others say vanity
Comes from the heart
Not from the head
And it may be insane
What is insanity
If not a cry for the truth
To be truthfully told
Between you and me
Face me
Hold me
Reach out and hold me
Words aren't strong enough
To catch me when I fall
They can't sustain me
They can't contain me
I want the truth so bad
That I'll believe it all
And when you say it
Don't you betray it
Don't look away

Face me today
Face me today

Neil Diamond, "12 Songs"

terça-feira, agosto 29, 2006

Olho mais uma vez para trás e dou comigo a identificar os momentos em que não precisava de me refugiar em nada para me sentir em casa. Os momentos em que não havia fuga, em que a minha casa era o meu refúgio. Senti-me assim quando o meu irmão mais velho saiu de casa dos meus pais e consegui ter reservado um quarto da casa só para mim. Esse passou a ser o meu refúgio, o sítio onde eu podia ser eu própria sem reservas, onde passava a maior parte do meu tempo, onde recebia os meus amigos, onde guardava as minhas coisas, ouvia os meus discos, lia os meus livros, escolhia os programas de tv. Ali diverti-me à grande, chorei à séria, tive longas e profundas conversas com os meus irmãos e com amigos, namorei, viagei, estudei, fiz sonhos e desfi-los. Curiosamente, este é o quarto onde escrevo agora. No mesmo em que me sinto tão atrofiada e fora de água.
A primeira vez que mudei de casa, para viver aqui ao lado, transferi todo esse poder do "meu quarto" para a "minha casa". Também ali podia ser eu própria. Recordo os discos que tocavam de manhã antes de ir para o banho, da luz do sol a entrar de madrugada, quando chegava a casa, dos telefonemas que recebia e fazia durante a noite, das festas de caixão à cova, de arte de receber as pessoas, do meu casamento e dos projectos que ali se fizeram.
Estou prestes a mudar para a minha terceira casa depois desta. E se as outras duas tiveram o condão de me fazer sentir "em casa", ainda não consegui ter o mesmo sentimento por esta nova. Talvez porque no fundo não a quisesse ter comprado, talvez porque vivo a expectativa de daqui a bocado estar a mudar de casa outra vez.

Acho que as casas são mais que 4 paredes. São os sonhos que projectamos nelas, fazem parte do nosso projecto de vida. Preciso de um!

segunda-feira, agosto 28, 2006

"Sou livre. Fecho os olhos e penso com toda a minha força na minha nova condição, ainda que não esteja bem certo do que significa. Tudo que sei é que estou completamente sozinho. Desterrado numa terra desconhecida, como um explorador solitário sem bússula nem mapa. Será isto a liberdade? Não sei, confesso, e às tantas desisto de pensar nisso."

in "Kafka à beira-mar", de Haruki Murakami

domingo, agosto 27, 2006

As minhas orelhas...


... andam a ouvir:
The Radio Dept.: "Pet Grief"
Vetiver: "To Find Me Gone"
Gary Numan: "Jagged"
Junior Boys: "So This Is Goodbye"
James Figurine: "Mistake, Mistake, Mistake"
Grant Lee Philiphs: "Nineteeneighties"
Guillemots: "From the Cliffs"
DJ Shadow: "The Outsider"

sábado, agosto 26, 2006


Sonho acordar, num dia de sol, a claridade a entrar pela casa, os sons dos miúdos a brincarem no quarto, o teu abraço de bom dia, um sorriso cúmplice e a certeza que teremos mais um dia juntos. Ponho um disco do Lee "Scratch" Perry e vamos tomar o pequeno-almoço. Sonho viver um dia após o outro, na nossa casa habitada dentro de nós. Sonho acordar e voltar a dançar!

sexta-feira, agosto 25, 2006


Final Fantasy, dia 16 de Outubro, Clube Lua, Lisboa

O microndas

Ainda vivendo os resquicios de Paredes de Coura, tenho dado por mim a pensar numa cena que vi no concerto que mais gostei do festival. Falo em concreto do concerto dos Gang of Four e do momento em que John King parte um microndas em palco, com um taco de baseball, fazendo a batida de fundo e percussão alternativa. O som metálico ia crescendo e o microndas mais e mais amolgado. King chegou ao fim do tema completamente esgotado.
Essa imagem tem-me vindo à cabeça por diversas vezes. Não só pelos meus instintos punks e vontade regular em destruir e partir coisas, mas porque a imagem do microndas é muito forte. Não sei porque escolheram este electrodoméstico nem se o fazem sempre com o mesmo em palco. O que acho é que não há melhor electrodoméstico para destruir.
O microndas é a perfeita síntese daquilo que somos hoje em dia. Instântaneo, plásticos, fugaz, requentado, passageiro, pouco trabalho, não quero chatice, não preciso de me preocupar... e de vez em quando rebenta-nos na cara...

Gostava de ganhar coragem para não ter microndas na nova casa.

Marisa Monte
Coliseu de Lisboa
8, 9 e 10 de Setembro

quinta-feira, agosto 24, 2006


A felicidade é demais efémera, ou não? Seremos nós que não temos a capacidade de a perceber quando a vivemos? Seremos nós que damos por ela quando ela se vai? Seremos nós seres sudosistas e sempre com fome de passado? As fotografias, as recordações, as gargalhadas que ainda nos soam presentes, os vídeos que gravámos quando nos gostávamos de gravar uns aos outros. E foi-se tudo?? Ficou o que ficou. E a felicidade está aí também. Nos abraços apertados que tenho sentido, na procura de alguém que me atenda o telefone, no tentar arranjar motivos para me encontrar naquilo que faço, no tentar arranjar coisaspara fazer para me encontrar. E perceber que a felicidade tenho de a encontrar aqui dentro e não esperar que alguém ma dê de bandeja. Que a encontro quando vos sinto felizes mas que não dependo de vocês para o ser. E estou a tentar, com tudo o que tenho, que às vezes é muito pouquinho, ser... ser... ser... Porque não estou sozinha e porque isso me faz ter a obrigação de ser tudo o que quero ser. Feliz!
Não sei se já alguma vez se sentiram sem casa, ainda que vivendo numa, pior, vivendo na casa onde passaram a maior parte da vida... De certeza que sim, algum de vocês. Este sentimento não pode ser só meu, como é óbvio. O pior é que estando prestes a mudar para uma casa nova, só consigo pensar em procurar uma outra. É estranho mas é verdade. Não consigo deixar de viver este período como uma transição, não sei bem ainda para quê. no fundo acredito que seja para melhor, acredito que os períodos de transição nos fazem meter objectivos lá à frente, pelos quais procuramos viver e ser melhores, mais capazes. Este sentimento de estar sem casa, sem chão, sem razão deve ser porque de repente fiquei sem projecto de vida.
Quero recuperá-lo e não tenho forças para tanto.
Não sei o que me resta, nem sei quando conseguirei pôr os pés em terra firme.
Sei que vou remando, às vezes só com um braço, às vezes só boiando e deixando que a maré me leve, às vezes esbracejando ferozmente até à exaustão. Tenho urgência em ter um rumo, tenho urgência em ser feliz!

terça-feira, agosto 22, 2006

Síndroma do Peter Pan


Não sei bem porquê, às vezes dá-me para isto, para ficar nostálgica e pensar que queria voltar atrás e ser criança outra vez. Lembro-me que um dia cheguei a casa e choquei a minha mãe ao dizer-lhe que não queria crescer. Tinha sido influenciada pela minha tia mais velha que gostava tanto de mim em criança que me pediu para não crescer... Mentalmente segui isso à risca. Lembro-me das conversas que tinha com a S. quando ouvíamos a gente mais velha a falar e a forma de vestir, as suas prioridadesna vida, a estagnação. Não queríamos ser assim, levar a nossa juventude até ao limite das nossas mentes... A piada era que nos davamcom maior maturidade do que o resto da nossa idade. A confusão não ficava po aí. Ainda hoje me dão muito menos idade do que tenho. Se isso hoje me faz sentir menos mal, houve uma altura que achei que nunca ninguém me levaria a sério. Os homens não me veriam como mulher, os meus chefes nunca me achariam boa profissional. A gaiata tem tempo de lá chegar...
Hoje em dia sinto-me velha, sinto que a vida me deixou marcas que podem me ter tornado menos crédula no que pode estar guardado para mim. E a juventude é isso: é termos esperança que o futuro está sempre lá à frente cheio de boas surpresas e oportunidades. Não sei se é a falta de ingenuidade, se a falta de fé, em mim e nos outros, mas agora precisava do elixir da eterna juventude, como diz o tio Sérgio.
Um banho de coragem, outro de alegria, a crença no amor, a fé em Deus, o pensar que vivemos para ser melhores pessoas.
Socorro, não estou sentindo nada
Nem medo, nem calor, nem fogo
Não vai dar mais pra chorar
Nem pra rir
Socorro, alguma alma, mesmo que penada
Me empreste suas penas
Já não sinto amor nem dor
Já não sinto nada
Socorro, alguém me dê um coração,
Que esse já não bate nem apanha
Por favor, uma emoção pequena,
Qualquer coisa
Qualquer coisa que se sinta,
Tem tantos sentimentos,
deve ter algum que sirva
Tem tantos sentimentos,
deve ter algum que sirva Socorro,
alguma rua que me dê sentido,
Em qualquer cruzamento,
Acostamento, Encruzilhada,
Socorro, eu já não sinto nada
Socorro, não estou sentindo nada
Nem medo, nem calor, nem fogo
Nem vontade de chorar
Nem de rir
Socorro, alguma alma, mesmo que penada
Me empreste suas penas
Já não sinto amor nem dor
Já não sinto nada
Socorro, alguém me dê um coração,
Que esse já não bate nem apanha
Por favor, uma emoção pequena,
Qualquer coisa
Qualquer coisa que se sinta,
Tem tantos sentimentos,
deve ter algum que sirva
Tem tantos sentimentos,
deve ter algum que sirva

Arnaldo Antunes

segunda-feira, agosto 21, 2006

Há coisas boas em ir à bola. Para além de pisar solo sagrado, ver os maiores, ainda que não joguem nada, jogam sempre bem. Vêem-se cromos, muitos cromos. esgota-se a adrenalina, dizem-se caralhadas e ficamos sempre com a sensação que não ganhámos, mas podíamos ter ganho... Mas, o melhor de tudo desta noite é a versão do Só eu sei, pelo Miguel ângelo, esse grande sportinguista, e a homenagem ao Figo, feita ao som d'A Minha Casinha. Muito bom!

Favas com Chouriço

Têm de ver isto. Não sei se gosto mais do sorriso seguríssimo dele, se do olho sem óculos, o beijo no escrivão, ou a secretária que é tão boa, do amor de coisas simples, ou das favas com chouriço. Realmente, já não há nada como antigamente!

domingo, agosto 20, 2006

É engraçado (e não tem graça nenhuma) o poder assustadoramente infinito de quem nos quer mal, de quem nos faz sentir merda. Porque é que as palavras negativas se entranham mais do que aquilo que nos dizem de bom? Porque é que levamos a sério quem nos mostra que não nos ama e demoramos a sentir quem nos quer mostrar que nos ama? Porque é que depois de nos sentirmos pó, detonados por alguém, não conseguimos esperar que haja alguém que nos una e nos faça sentir de novo pessoas? Porque é que o cinismo não dá lugar à ingenuidade? Porque é que a traição não dá lugar à confiança? Porque é que o podre não dá lugar ao puro?

Não há nada que custe mais a passar que o tempo, e o tempo passa tão depressa...

sábado, agosto 19, 2006



Só porque me lembrei que os maiores se vão apresentar na próxima segunda para uma fantástica época futebolistica (não digo gloriosa para não levantar falsas interpretações). E a malta vai lá estar!
Para quem tem a cara de pau de nomear outros, eu não tenho pudor em afirmar o ponto alto do festival Paredes de Coura: Os Maduros.
Melhor que o Tó Neto quando nos pede para salvar os golfinhos, melhor que os Up With People e o seu apelo à comunhão entre as raças, melhor que o Nick Cave e o Aleluia, melhor que o Padre Borga e o põe tua mão na mão do meu senhor. Zé Pedro na sua voz mais límpida podia ter entuado o kumbaya, podia ter convidado o Paulo de Carvalho e fazer uma versão rock dos meninos à volta da fogueira... mas quis ir mais além. E foi. Conseguiu que ninguém gritasse pelos Xutos, conseguiu põr toda a gente boquiaberta.
Obrigada Zé! Vou aproveitar a minha juventude, e vou aproveitá-la JÁ!

ass: Amélia madura

sexta-feira, agosto 18, 2006

The change will do you good
I always knew it would
Sometimes I'm thinking that I love you
But I know it's only lust
Your kiss so sweet
Your sweat so sour
Your kiss so sweet
Your sweat so sour
Sometimes I'm thinking that I love you
But I know it's only lust
The sins of the flesh
Are simply sins of lust
Sweat's running down your back
Sweat's running down your neck
Heated couplings in the sun(Or is that untrue?)
Colder couplings in the night(Never saw your body)
Your kiss so sweet
Your sweat so sourSometimes
I'm thinking that I love you
But I know it's only lust
The change will do you good
I always knew it would
You know the change will do you good
You know the change will do you good
Damaged goods
Send them backI can't work
I can't achieve
Send me back
Open the tillGive me the change
You said would do me good
Refund the cost
You said you're cheap but you're too much
Your kiss so sweet
Your sweat so sour
Sometimes I'm thinking that I love you
But I know it's only lust
The change will do you good
I always knew it would
You know the change will do you good
You know the change will do you good
I'm kissing you goodbye(Goodbye, goodbye, goodbye, goodbye, goodbye)
I'm kissing you goodbye(Goodbye, goodbye, goodbye)
I'm kissing you goodbye(Goodbye, goodbye, goodbye, goodbye, goodbye)
I'm kissing you goodbye(Goodbye, goodbye, goodbye)
I'm kissing you goodbye(Goodbye, goodbye, goodbye, goodbye, goodbye)
I'm kissing you goodbye(Goodbye, goodbye, goodbye)
(Goodbye, goodbye, goodbye, goodbye, goodbye)
(Goodbye, goodbye, goodbye)
(Goodbye, goodbye, goodbye, goodbye, goodbye)
Bye...(Goodbye, goodbye, goodbye)
Gang of Four
a estrada. a noiva. o almoço. o que não comemos. os discos. a casa. a piscina. o filho mais novo. o filho mais velho. o avc e a fnac. o sol. a saudade. o preto e o branco. os amigos. os vips. a cerveja. os broken social scene. o Mac. o piercing no mamilo. a pedra. a primeira. Panic. Mr. Morrissey. a chuva. a debandada. o sossego. a noite inteira. os martelos. a cabeça cheia. a cabeça vazia. os quatro do gang. o microondas. damaged goods. a pedra. a segunda. o tabaco na boca. auto-dependência. os gajos. a falta deles. os burros que vimos e os que não chegámos a ver. o romão. o loiro e o da mtv. a truta do vilaça. porque é bem bonita. a chuva. o sol. a piscina. o filho que não era filho. os espanhois. o gomes. a pedra. a terceira. os !!!. os amaços. a chuva. m. murphy. a chuva. o anjo da CGD. a estrada. as palavras que martelam. a saudade. a casa velha tornada nova. os abraços mais apertados. a certeza de que não há mal no mundo.

segunda-feira, agosto 14, 2006



Para quem vai, lá nos encontramos... Para quem não vai, se for o caso, roam-se de inveja. Eu depois conto como foi.

sábado, agosto 12, 2006

Tenho pena de me sentir tão céptica em relação a todos aqueles que me rodeiam, tenho pena que nada me faça perder esta sensação de que tudo à minha volta é falso e oco de sentido. Os Ms respiram profundamente, dormindo como se não houvesse problema nenhum, como se o Mundo fosse aquilo que eles projectam e onde eles se vão sentindo, uma svezes mais outras menos, felizes da vida. Tenho pena por eles, não gostava que me olhassem como eu olho para tudo ao meu redor, descrente e sem perspectiva. Vai haver reconstrução, sei que sim! Sei que este não é o fim e que nem todos nos trataram como seres descartáveis, prontos a ser substituídos. Não pode ser! Não podemos taxar tudo pela mesma tabela de falta de valores. Nem que seja dentro de mim, tenho de fazer a diferença e proporcionar isso a estas duas 'coisinhas'. "Este é um dia feliz", prometo que sim!

quarta-feira, agosto 09, 2006

There is a light and it never goes out

Take me out tonight
Where theres music and theres people
And theyre young and alive
Driving in your car
I never never want to go home
Because I havent got one
Anymore
Take me out tonight
Because I want to see people and i
Want to see life
Driving in your car
Oh, please dont drop me home
Because its not my home, its their
Home,
and Im welcome no more
And if a double-decker bus
Crashes into us
To die by your side
Is such a heavenly way to die
And if a ten-ton truck
Kills the both of us
To die by your side
Well, the pleasure - the privilege is mine
Take me out tonight
Take me anywhere,
I dont careI dont care,
I dont care
And in the darkened underpass
I thought oh god, my chance has come at last
(but then a strange fear gripped me and i Just couldnt ask)
Take me out tonight
Oh, take me anywhere,
I dont careI dont care,
I dont care
Driving in your car
I never never want to go home
Because I havent got one, da ...
Oh, I havent got one
And if a double-decker bus
Crashes into us
To die by your side
Is such a heavenly way to die
And if a ten-ton truck
Kills the both of us
To die by your side
Well, the pleasure - the privilege is mine
Oh, there is a light and it never goes out
There is a light and it never goes out
There is a light and it never goes out
There is a light and it never goes out
There is a light and it never goes out
There is a light and it never goes out
There is a light and it never goes out
There is a light and it never goes out
There is a light and it never goes out

The Smiths

terça-feira, agosto 08, 2006

Encontrar paz nesse teu sorriso luminoso, rir alto a correr descalça pela relva fresca, mergulharmos de mão dada e sentir a aflição de sufocarmos sem ar, suspirar abraçados e parecer que o tempo pára quando nos encontramos. Morrer de saudades por não saber de ti e perceber que isso faz parte do nosso crescimento como pessoas individuais. "Há alguma coisa no meu coração que me lembra sempre de ti..." É tão bom saber e sentir isso.

segunda-feira, agosto 07, 2006

Os Papa Sardinhas

Festival da Sardinha (Portimão)
O peixe miúdo é o rei do Barlavento algarvio de 4 a 13 de Agosto, altura em que se realiza o 12.º Festival da Sardinha na zona ribeirinha de Portimão.
Os apreciadores têm à disposição 2.200 lugares sentados, repartidos por sete restaurantes, onde podem apreciar uma sardinhada com todos os ingredientes: pão caseiro, salada de pimentos e batatas cozidas com casca e petiscos variados, como pão com chouriço, queijos e enchidos, gelados e doçaria regional.
Durante o festival decorre ainda o Concurso "Papa Sardinhas", um passatempo em que os participantes têm de comer o máximo de sardinhas assadas durante 15 minutos.

O festival conta com mais de uma centena de expositores, nomeadamente de artesanato nacional e internacional, doçaria regional e produtos agro-alimentares, sem esquecer as tradicionais barraquinhas de comes e bebes.

A música está a cargo de nomes como Santa Maria (04/08), Mafalda Arnauth (05/08), João Pedro Pais (06/08), Xico Barata, Pau d'Arara e Beto Kalulu (07/08), Quim Barreiros (08/08), Anjos (09/08), Tony Carreira (10/08), Canta Bahia (11/08), Roberto Leal (12/08), Martinho da Vila (13/08). O certame encerra todas as noites com um grande espectáculo piro-musical.

PÚBLICO.PT

Estamos mesmo pobres de espírito. Há coisas que me transcendem... como é que alguém come sardinhas, como ainda tenta comer muitas sardinhas em 15 minutos, como é que alguém vai ver os Papa Sardinhas e torce por um ou outro, o mais besuntado, o que come espinhas e cabeças, ou o mais franzino...como é que depois disto ainda assistem a um espectáculo "piro-musical", talvez até em noites consecutivas... E faz-se notícia disto, na tv e nos jornais... e nos blogues... ainda se quisessem papar o sardinha!

No meu leitor...

... vai tocando:
TheUpper Room: "The Other People' Problems"
Who Made Who
Band Of Horses: "Everything All the Time"
Junior Boys:"So This Is Goodbye"
Tv On The Radio: "Return to Cookie Mountain"

domingo, agosto 06, 2006

OK GO

Numa altura em que os orçamentos de marketing para as bandas são cada vez mais baixos, a imaginação tem de vir ao de cima. Os vídeos, hoje em dia, para as bandas nacionais são quase uma casmurrice. Devíamos aprender todos com estes gajos. têm de ver isto:
Here it Goes Again
Million Aways
Do What You Want
o que ainda não percebi é se os gajos tivessem orçamentos para fazer grandes produções se não continuariam neste registo. são muita bons!

sábado, agosto 05, 2006

e ainda...

"Scale", Herbert
"Begin to Hope", Regina Spektor
"Other People' Problems", The Upper Room
"O Mar", John Banville
"Israel, Palestina - Verdade Sobre um Conflito", Alain Gresh
e um bloco de apontamentos

novas aquisições



quinta-feira, agosto 03, 2006

frase do dia

(...) porque Narciso acha feio o que não vê ao espelho (...)

terça-feira, agosto 01, 2006


só voz e violão é uma estreia para mim! Vamos ver.

segunda-feira, julho 31, 2006

Era uma vez uma linda princesa e um lindo príncipe. Os dois formavam um lindo casal. Não, não eram namorados nem um dia viriam a casar. Eram dois irmãos que se tinham um ao outro como um só. Estes princípes não tinham um castelo, mas dois. Viviam ora num, ora noutro. Gostavam tanto de um como do outro e tinham pena de não estarem em ambos ao mesmo tempo... mas sabiam que eram também mais ricos por possuirem dois castelos. Os dois principes foram crescendo e aprendendo a tirar o que de bom havia nos dois castelos. Um era perto do mar, outro virado para a montanha. Num vestiam e tons de verde, noutro em tons de azul, num tinham amigos, no outro também, num eram amados, no outro também.
Um dia cada um dos principes construiu o seu próprio castelo. E aí perceberam que a casa deles estava dentro de cada um deles, que não eram as paredes que os separavam. Que a cumplicidade que tinham um com o outro lhes dava alicerces para viverem em qualquer lado, que a distância ou o amor por outras pessoas nunca os iria separar... porque iam estar sempre juntos!

aos Ms
Uma palavra para a sequência de verdadeiros acontecimentos sucedidos numa só noite: História. Aquela noite fez história, vai ficar na história e dava para escrever uma história. O kuduro é um género a continuar a explorar. A fauna é boa e recomenda-se, a cena é estupidamente física para se tornar coisa de gente pedante, e os Buraka vão ser grandes. Finalmente vi o Mercado a transpirar. Foi assim aliás que sempre o imaginei, cheio de gente bonita e descomprometida. Mas isto foi o começo. Não se ficou no Xau Ya! (Uma ressalva só para o facto de hoje me ter chegado à secretária um disco com o milhor do kisomba, é mesmo assim, com dvd a ensinar a dançar - está desde já prometida uma noite africana para a casa nova)
Mas vieram mais e mais histórias, mais e mais pessoas, croassants com chocolate, passadas de riso até conter o mijo, o dominio. O Cais do Sodré devia ser instituído como o cash & carey do gajedo. À partida podes ter preconceito com o material mas sabes que podes encontrar uma grande oportunidade. Não dá para desperdiçar. Eu estou viciada em stock markets e lojas em segunda mão. E nos saldos antes da época.
Na sexta até as putas tiveram de admitir, roubámos o protagonismo. E não cobrámos nada!

sexta-feira, julho 28, 2006

hoje temos KUDURO


Buraka Som Sistema, Clube Mercado, 24h

Depois do cinema, ontem dei comigo estatelada no meio da cama de casal, latão dourado, um boneco de peluche à cabeceira, olhos fixos no tecto, perdidos no candeeiro branco. Sorrisos estampados na cara, eu e a minha "irmã" viajavamos regularmente, ora pela América do Sul, ora pelo Mediterrâneo, cientes que eram viagens só nossas, que a realidade podia não ter nada a ver com os espaços que descobríamos no interior daquele quarto.
Ontem dei comigo a olhar para o mesmo candeeiro branco, sem o mesmo poder de abstracção. Quis recuar e ganhar de novo essa abertura de espírito. E aqui sim, quis ter menos 15 anos, altura em que tudo ainda era possível.
Quem sabe não reencontro esse poder brevemente...

terça-feira, julho 25, 2006



às vezes queremos tanto que alguém goste de nós que nos moldamos à imagem que pensamos querer que tenhamos. Anulamo-nos para evitar um afastamento, uma discussão, um confronto. Quando o fazemos e nos sentimos bem com isso, porque faz parte de um crescimento, de uma consciente entrega ao outro, uma cedência para uma boa convivência, é saudável. Quando o fazemos no acto desesperado de segurar alguém a não tomar a decisão com que nos está sempre a ameaçar ao primeiro sinal, quando o fazemos e nos sentimos profundamente incompreendidos, deixa de ser saudável.

As relações são feitas de cedência, mas também de tolerância, de jogo de cintura, de reencontros depois do afastamento. A força não pode vencer a vontade!

segunda-feira, julho 24, 2006

As minhas orelhas...

...não passam nestes dias sem ouvir:
Hot Chip;
Infadels;
Tv on The Radio;
Razorligh
Jurassic 5
e ainda os novos de Rapture, Beck, Scissor Sisters, Roots e Killers
O lema do Verão já foi encontrado. Obrigada Su pelo bom regresso à minha vida :) Tenho companheira para os traumas fodilhões. Mas o Verão ainda agora começou e há muito por desbravar... Vai pondo o rabinho ao léu, nunca se sabe!

domingo, julho 23, 2006

Não sei bem porquê, se conseguirei verbalizar a diferença... mas sim, tenho a certeza. Houve algo de melhor no meu acordar.
Como diria aquele velho amigo: "Any way the wind blows..."

sexta-feira, julho 21, 2006



Confesso, confesso! Estou um bocado húmida com o dia de amanhã. Até porque corro bem o risco de me cruzar com os tipos no backstage e de não me conter e dar-lhes uma palmada nas costas. Fazer de gruppi nunca foi a minha cena, mas há bandas que não se consegue evitar o estado de alarmante histeria. E estes gajos merecem um bacalhau da Amelinha!

quarta-feira, julho 19, 2006

Paredes de Coura

Amelinha procura companheiro/a para rachar quarto em Paredes de Coura por alturas do melhor Festival do ano.
Abertas inscrições para decisão até ao fim-de-semana

PS: prometo que não me peido à noite

Waitin' for A Superman

Hoje não consigo deixar de cantar:

Asked you a question
I didn't need you to reply
Is it gettin' heavy?
But they'll realize
Is it gettin' heavy?
Well I thought it was already as heavy
As can be
Is it overwhelming
To use a crane to crush a fly?
t's a good time for SupermanT
o lift the sun into the sky
'Cause it's gettin' heavy
Well I thought it was already as heavy
As can be
Tell everybody
Waitin' for Superman
That they should try to hold on
Best they can
He hasn't dropped them
Forgot them
Or anything
It's just too heavy for Superman to lift
Is it gettin' heavy?
Well I thought it was already as heavy as can be.
Tell everybody
Waitin' for Superman
That they should try to hold on
Best they can
He hasn't dropped them
Forgot them
Or anything
It's just too heavy for Superman to lift

Flaming Lips

terça-feira, julho 18, 2006

Dou por mim a questionar a minha natural insegurança. Aquela que faz rever-me na M quando chora e diz que é feia e que ninguém gosta dela, a mesma que me empurra para a frente e me faz querer disfarçar que afinal tenho medo de não valer nada. Sei que é esta a insegurança que me tem pautado a vida, para o bem e para o mal. O medo de não ser capaz às vezes atrofia-me as atitudes, outras vezes faz-me tomá-las para me superar a mim própria e não mostrar que tenho medo. Não sei porque sou assim. Não sei porque a minha filha é assim. E quero resolver isso dentro de mim, que mais não seja para a ajudar a resolver isso dentro dela. Quero gostar de novo de mim. Talvez assim lhe consiga passar que gosto muito dela e que é muito importante que ela goste dela.
Como vou conseguir? Ando à procura... vou trabalhar nisso.

segunda-feira, julho 17, 2006

domingo, julho 16, 2006

Alivia sempre que eliminamos o que nos provoca mal estar. Quando o conseguimos somos os nossos melhores amigos...

sábado, julho 15, 2006

Who will love me now?

In the forest, is a monster
It has done terrible things
So in the wood, it's hiding
And this is the song it sings
Who will love me now?
Who will ever love me?
Who will say to me"
You are my desire, I set you free?"
(Who will love me now?)

Who will forgive and make me live again?
Who will bring me back to the world again?
In the forest, is a monster
And it looks so very much like me
Will someone hear me singing?
Please save me, please rescue me
Who will love me now?
Who will ever love me?
Who will say to me"You are my desire, I set you free?
"Who will love me now?
Who will ever love me?
Who will say to me"You are my desire, I set you free?"
(Who will love me now?)
(Who will ever love me?)
Who will love me now?Who will ever love me?
Who will love me now?Who will ever love me?
Who will love me now?Who will ever love me?
P.J. Harvey

quinta-feira, julho 13, 2006

E estes?

Do You Believe in Rapture

Stand behind his drunken amp
Stand behind his light of love
Hear him yowl his bloody tounge
Hear him yell 4 blood and war

[Chorus:]
Do you believe in his sweet sensation
Do you believe in second chance
Do you believe in rapture babe

A terrible hit strikes today
A terrible hit for the parade
Burnin' eyes seek jesus comin
Jesus comes to pave the way

[Chorus]

Can you tell me what to feel
Open up yr tender soul
Can I drink yr drunken mercy
Wine burns the devils hole

[Chorus]

Sonic Youth

Eu gosto é do Verão

Na Primavera o amor anda no ar
Na Primavera os bichos andam no ar
Na Primavera o pólen anda no ar

E eu não consigo parar de espirrar
No Verão os dias ficam maiores
No Verão as roupas ficam menores
No Verão o calor bate recordes
E os corpos libertam seus suores

Eu gosto é do Verão

De passearmos de prancha na mão
Saltarmos e rirmos na praia

De nadar e apanhar um escaldão
E ao fim do dia, bem abraçados

Patrocinado por uma bebida qualquer

No Outono a escola ameaça abrir
No Outono passo a noite a tossir
No Outono há folhas sempre a cair
E a chuva faz os prédios ruir
No Inverno o Natal é baril
No Inverno ando engripado e febril
No Inverno é Verão no Brasil
E na Suécia suicidam-se aos mil

dedicado a quem ainda me quer fazer sorrir e acreditar que a vida é feita de coisas simples e banais

quarta-feira, julho 12, 2006

Ser amado é saber que foste abraçada enquanto já dormias...

Faz todo o sentido

Waiting To Know You

I’m…waiting to know you by the way
Send up the balloons, its right to assume yea
I’m waiting to know you by the way
Set up to the pier, wait till you get here yea
And when I’m about to give up hope
Denote with my telescope
I’m standing gone the Navy yard
To see could that one for me be
Baby I know,Where did you go?
I’m…waiting to know you by the way
Flash like a cape, misses your way yea
I’m waiting to know you by the way
The drecche of the lake, all that you shake yea
And when I’m about to give up hope
Denote with my telescope
I’m standing gone the Navy yard
To see could that one for me be
Baby I know,Where did you go?
I’m…waiting to know you by the way
Send up the balloons, its right to assume yea
I’m waiting to know you by the way
Flash like a cape, misses your way yea
And when I’m about to give up hope
Denote with my telescope
I’m standing gone the Navy yard
To see could that one for me be
Baby I know,
Where did you go?
Baby I know,Where did you go?

The Fiery Furnaces

terça-feira, julho 11, 2006

Lembram-se?

Master



Dia 14, no Tamariz, às 22h30

Para uma experiência única!


para renascer não precisamos sempre de morrer? Para partir não precisamos sempre de deixar? Já tenho saudades da segunda à noite.