domingo, agosto 20, 2006

É engraçado (e não tem graça nenhuma) o poder assustadoramente infinito de quem nos quer mal, de quem nos faz sentir merda. Porque é que as palavras negativas se entranham mais do que aquilo que nos dizem de bom? Porque é que levamos a sério quem nos mostra que não nos ama e demoramos a sentir quem nos quer mostrar que nos ama? Porque é que depois de nos sentirmos pó, detonados por alguém, não conseguimos esperar que haja alguém que nos una e nos faça sentir de novo pessoas? Porque é que o cinismo não dá lugar à ingenuidade? Porque é que a traição não dá lugar à confiança? Porque é que o podre não dá lugar ao puro?

Não há nada que custe mais a passar que o tempo, e o tempo passa tão depressa...

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