sexta-feira, outubro 31, 2008

The Killers - Human

é um dos meus vícios de agora.

quarta-feira, outubro 29, 2008

Respiro fundo, na tentativa de acalmar a ansiedade.
Como se respirasse fundo fosse o remédio ideal, o único que me tira esta espécie de aperto. Respiro e travo a respiração, para que na aflição da falta de ar, me seja obrigatório agarrar-me à vida. Não sobrevevi. Acho que vivi. Vivi muito, muita coisa, revivi também, com saudade, com conforto, como uma sala aquecida e agradável, onde me sento para conversar com alguém que me conhece bem. Agora não me falta o ar. Agora sou eu que o suspendo, para ver o que acontece. Para ver se estou forte o suficiente. Se ganhei caixa de ar. Se seria capaz de fazer mais uma piscina debaixo de água, de boca aberta, ansiosa por oxigenar. Dá-me prazer o risco. Dá-me prazer desafiar-me e ser capaz de ir mais uma vez, para aperfeiçoar movimentos, para ganhar velocidade, para me tornar mais forte, para ficar mais bonita, para abrir o peito e... mais do que tudo, para atingir paz, porque canto dentro de água porque sei que sou capaz.
Por isso, aqui estou.
equipada.
pronta a mergulhar de cabeça.

sexta-feira, outubro 24, 2008



porque vou a Berlim, porque tenho um anjo que me guarda, porque ainda tenho o teu sabor, porque me lembro daquela avenida cinzenta e branca, porque vou e estou a voar

terça-feira, outubro 21, 2008

domingo, outubro 19, 2008

Deu-nos a natureza esta coisa que nos bate no peito e de onde acreditamos sairem todas as nossas emoções. As fortes que quase o faz saltar pela boca, as más com as quais quase desejamos que deixe de bater e as boas, pelas quais respiramos fundo, com o medo secreto que ele se engane e nos vá atraiçoar. Dizem uns, o que interesse é que bata. Mas que bata ritmado, acrescentam outros. Que bata ao sabor dos acontecimentos e das vontades. Que bata porque é sinal que vivemos as coisas, porque quando não as sentimos é que o caldo está entornado. Fica isto aqui tipo pedra e não há quem lá consiga entrar. Uns chamam-lhe cofre, há os que o têm aberto e os outros, mais fortes, que o têm fechado. Poetas falam de uma chave secreta com a qual o podem escancarar. Não há quem não o deseje. De par em par fica-nos este sorriso parvalhão na boca, as pupilas dilatam, as faces coram. Tudo por culpa dele que bate mais do que devia. Às vezes até as mãos ficam a transpirar e percorre-nos um frio pela espinha. Aí vem o que os de trás da secretária dizem aos que se deitam no sofá: 'está com uma crise de ansieade, tente não dar tanta importância às coisas'. Mas ele lá diferencia o que é de dar importância e o que não vale nada? Isso é coisa para o outro gajo lá de cima. Esse racional, frio e insensível. O outro, aquele que as mães dizem para nos guiarmos sempre, é impulsivo, emocional e emocionante. E dilata. Dizem que quanto mais o usamos, maior ele fica. Deve ser como outras coisas que eu cá sei, mas que no meio desta relexão filosófica fica mal dizer.

sábado, outubro 18, 2008

Baralha e volta a dar

Girl Talk - Feed the Animals -
isto é maravilhoso. tudo ao molho e fé em deus. A verdade é que isto dá discussão. Será esta ou não uma obra nova. Será considerado plágio? O que pode proteger o Girl Talk de um valente processo judicial de todos estes músicos e compositores envolvidos sem querer neste disco?
questões à parte, isto é muito bom!

quinta-feira, outubro 16, 2008

Band Of Horses - No One's Gonna Love You

Anything to make you smile
You are the ever-living ghost of what once was
I never want to hear you say
That you'd be better off
Or you liked it that way

But no one is ever gonna love you more than I do
No one's gonna love you more than I do

quarta-feira, outubro 15, 2008

Pensou que ia morrer. Não se lembrava de dor assim. Só queria que acabasse. Não conseguia suportar. Cerrava os punhos, mordia os lábios, batia na parede já de si gasta. Outras talvez tivessem ajudado ao desgaste. Ela queria dar-lhe o golpe final. Pediu ajuda. Ninguém ouvia. Gritou, chorou, ameaçou virar as costas. De que lhe valia. A dor continuava cada vez mais insuportável. Nada poderia valer esta angústia. Amor nenhum. Porque tinha de passar por este sofrimento? Alguém que trocasse com ela. Pensou nele. Quis desesperadamente que estivesse ali ao seu lado. Dividiria as queixas. Dividiria o sofrimento. Talvez lhe limpasse o suor da testa e a animasse dizendo que ia correr tudo bem. 'Quando é que isto acaba?' Não chegava ninguém. 'Mas porquê? Porque é que me tratam desta forma? Não percebem que não aguento mais?' Porque é que ele não vinha. Precisava apertar as mãos de alguém. Dizer que queria desistir. 'Tirem-me isto!' Viu-se a correr sem dores. Viu os amigos, a familia. Quis que ele se aproximasse e dissesse como era corajosa. Agarrou-se a esse desejo para um último fôlego. Ele ia aparecer, iam chorar juntos pela nova alegria que os unia. E no horizonte só via aquela parede amarelada e gasta. Abriu-se a porta, levaram-na em braços. As lágrimas pela cara. 'Ajudem-me!' E foi como se a força tivesse sido recuperada. A força, a coragem, a vida. E acabou a dor, chorou, chorou e riu ao mesmo tempo. Era lindo. Era seu. Era dos dois. Fechou os olhos, ele no seu regaço, aconchegado. Já nada os podia separar. Tinha valido a pena a dor. Foi compensada em vida.

segunda-feira, outubro 13, 2008

veio-se de medo, de solidão, de desencontro.
veio-se sem nome, sem que do outro lado estivesse um outro.
Veio-se.
e no fim fodeu-se!

domingo, outubro 12, 2008

sábado, outubro 11, 2008

anda lá!

Adriana Calcanhotto - Vambora

sexta-feira, outubro 10, 2008

pode ser ilusão
pode ser chato
pode ser imperfeito
pode ser monotono
pode ser triste
pode ser feio
pode não ser excitante
pode não ser novo
pode não ser surpresa
pode até não ser

mas eu quero tanto
que seja verdade
que seja divertido
que seja quase perfeito
que seja um dia de cada vez
que seja feliz
que seja bonito
que seja excitante
que seja novidade
que seja surpreendente
que seja. que seja!

Fantasia Final

eu já tinha saudades. Fica um aperitivo antes do novo álbum que chega naquele que vai ser o ano da minha vida.

quinta-feira, outubro 09, 2008

quarta-feira, outubro 08, 2008

O que será?

Porque é maior que eu
Porque é incondicional
na medida que não tem fim
Porque é uma nascente escondida
Porque sobra quando pensa que não tem mais nada
na medida que não tem fim
Porque me faz querer ser melhor
Porque me faz querer que sejas melhor
na medida que não tem fim
Porque fomos feitos para isto
Porque não sabemos o que fazer de nós
na medida que não tem fim
Porque queremos precisar
Porque nos faz corar
na medida em que não tem fim
e olhar por dentro
e sermos nós sem medo
de que haja um fim.

terça-feira, outubro 07, 2008

Construir uma casa

não te ama como eu amo

alguém sabe...

onde se pode conseguir alguém que conjugue o charme com a audácia, a coragem com o amor, o respeito com o humor, a originalidade com a inteligência... tudo em doses certas... alguém sabe?

Peço demais, bem sei. Mas não tenho balança em casa. Faço tudo a olho. às vezes saiem coisas saborosas, outras perfeitas merdas.

se encontrarem, sabem o meu contacto!

ah! troco tudo pela recuperação de uma boa dose de ingenuidade. Aceito desafios.

segunda-feira, outubro 06, 2008


Os Pontos Negros, dia 11 de Outubro, Music Box

mãe, estou apaixonada

mãe, apaixonei-me! Não sabia que podia sentir isto por alguém. sim, tu já me tinhas dito. Quando for, vais perceber. Não sei o que me vai na cabeça, não te sei explicar bem... mas deve ser mesmo assim, não é? só sei que não consigo pensar em mais nada senão estar com ele. Às vezes acho que é demais, porque mal consigo comer. Mas ando sobre núvens, não me apetece nada realmente terreno. Basta-me andar de mão dada na rua e sorrir para ser feliz. É esta paz que é estranha. Não me deixa sossegada mas ao mesmo tempo faz-me respirar fundo. Sim, sim. Tenho a certeza que sente o mesmo por mim. Ele está mais louco que eu. Diz que quer viver comigo. Decidimos casar. Oh mãe, sei lá! eu quero, tenho a certeza que quero. Já não consigo viver sem ele e se é assim, porque não? Tudo bate certo. Posso estar a ser ingénua, mas quero ser ingénua para o resto da vida. Estou apaixonada, porra! Nunca senti isto por ninguém, por isso é desta que me lanço para a frente. Não chores, vai tudo correr bem. Estou de peito aberto, não vês? Nada pode correr mal a esta altura do campeonato. Sim, ele é carinhoso. Trata-me como ninguém tratou. Vejo-lhe a alma nos olhos. Sei que não me mente. Saberia se fosse o contrário. Não, também não exageres. dar a vida por alguém é só nos filmes. Sei lá, acho que morria se me deixasse. Mas não! Vamos enfrentar o mundo juntos. Só me apetece viver e fazê-lo feliz. Estou tão feliz que só tenho é de retribuir, não achas? Oh, não chores! Já era tempo, não achas? Eu sei que é assim uma decisão repentina, mas só a iria tomar um dia se tivesse a certeza do que sinto. E não tenho dúvidas. Quero mesmo! E já pensaste? Olha lá, vais ver, vai correr tudo bem. Estou apaixonada.

sábado, outubro 04, 2008

ARTE DE ROUBAR

ele não gosta de favores, mas eu gosto do teaser. e temos de promover os nossos amigos. mesmo aqueles que reencontramos passados muitos anos.

sexta-feira, outubro 03, 2008

Canções de Amor (já n sei o n.º)

Antony And The Johnsons - Fistful Of Love (Live)

sempre a sonhar, sempre a sonhar,
com aquele olhar, esse teu olhar.
sempre a desejar não sonhar
com esse queixar, esse pensar.

sempre a olhar, sempre a olhar,
para mais um perder.
só me permito morrer para reencontrar,
não o sonhar, mas o viver.

chama-me
ganha-me
mima-me
despe-me
ouve-me
abraça-me
olha-me
encontra-me
tolera-me
surpreende-me
ama-me

e fecha-me os olhos quando me beijas, põe-me a sonhar com o teu olhar, põe-me a gostar de pensar.