quarta-feira, outubro 29, 2008

Respiro fundo, na tentativa de acalmar a ansiedade.
Como se respirasse fundo fosse o remédio ideal, o único que me tira esta espécie de aperto. Respiro e travo a respiração, para que na aflição da falta de ar, me seja obrigatório agarrar-me à vida. Não sobrevevi. Acho que vivi. Vivi muito, muita coisa, revivi também, com saudade, com conforto, como uma sala aquecida e agradável, onde me sento para conversar com alguém que me conhece bem. Agora não me falta o ar. Agora sou eu que o suspendo, para ver o que acontece. Para ver se estou forte o suficiente. Se ganhei caixa de ar. Se seria capaz de fazer mais uma piscina debaixo de água, de boca aberta, ansiosa por oxigenar. Dá-me prazer o risco. Dá-me prazer desafiar-me e ser capaz de ir mais uma vez, para aperfeiçoar movimentos, para ganhar velocidade, para me tornar mais forte, para ficar mais bonita, para abrir o peito e... mais do que tudo, para atingir paz, porque canto dentro de água porque sei que sou capaz.
Por isso, aqui estou.
equipada.
pronta a mergulhar de cabeça.

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