sábado, setembro 20, 2008

Palavras? Leva-as o vento...

Resumia o seu desejo a intenções.Quero fazer isto. Quero fazer aquilo.’ E passavam-se dias, passavam-se muitos dias, semanas, meses, anos mesmo, um, dois, três e não fazia nada. Aliás, fazia. Fazia o lamentar, o rastejar. Fazia ficar. Ficar quieto. Ficar calado. Ficar sozinho dentro de si. Ficar com outros, com outras. Ficar ali, não aqui. Ficar como se nada fosse. Como se nada quisesse. Como se nada interessasse. ‘Contigo é que não’. Porquê? ‘Pois não sei.’ E não saber era ficar ainda mais para lá. Não aqui. Era passar, despercebido melhor. Parecido com aquilo que foi. Ou era só uma ideia. Já não era aquilo que nuca foi. E foi. Foi e nunca mais voltou. Foi para si próprio. Para não se dar. Para não se confrontar. Para não ter de passar cartão. Para não ter medo. Para não ser muito mais do que ir. Foi.

4 comentários:

Anónimo disse...

isto é uma reprise de um post anterior não é? parece-me que conheço isto de algures. não sei é o que é aconteceu ao mau do filme no final. morreu foi?

amelinha disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
amelinha disse...

pelo contrário. acho que é muito feliz. e ainda bem.

Anónimo disse...

então deve ser um filme do lars von trier, porque a princesa farta-se de levar porrada e os maus vão-se safando. ou então é uma série do big brother, feita à revelia do vilão, porque este já por mais que uma vez pediu para que os seus vícios e virtudes não fossem discutidos em praça pública. ao menos, por respeito aos pedidos do senhor (que ele já invocou de forma solena no passado) seria simpático que estas imagens não fossem passadas na televisão ou publicitadas num blog. São cenas demasiado chocantes para serem vistas pelo grande público. compreendido?