segunda-feira, abril 03, 2006

Até que ponto usamos nós as pessoas que nos rodeiam? Até que ponto as catalogamos e colocamos em prateleiras, mais ou menos arrumadas, por ordem de interesses, por estarem mais ou menos moda, por nos darem mais ou menos prestigio, por em certas alturas das nossas vidas nos serem mais ou menos úteis. Até que ponto os nossos amigos são-nos mais ou menos importantes consoante nos satisfazem mais ou menos as nossas necessidades. A necessidade de nos sentirmos amados, a necessidade de conhecermos coisas novas, a necessidade de sermos ouvidos, a necessidade de termos as mesmas necessidades, alguma coisa que nos faça ver ao espelho e projectarmos o nosso eu. Até que ponto isso não é o nosso mais profundo egoísmo? Até que ponto não descartamos as pessoas consoante elas não vão fazendo parte desses requisitos? Como poderei eu não ser assim?

11 comentários:

Anónimo disse...

Eu por mim rodeio-me de um grupo infalível de amigos, não são muitos, nem precisam de ser amelinha. Na adolescencia quase que tendemos a fazer uma lista de amigos, mas depois apercebeste de que apenas meia dúzia te acompanhará para a vida e essa meia dúzia é muito boa.
Um grande beijo
António

amelinha disse...

Eu também tenho um grupo de amigos que, costumo dizer, já não são amigos, são família. São como os meus irmãos, não tenho de pensar que os tenho porque me dão algo, ou vice versa. Estão lá. Mas não é por isso que não quero deixar de pensar que os tenho de valorizar, porque eles não me deixam de valorizar... E quero muito retribuir isso. Principalmente nesta fase da minha vida, em que eles têm sido o meu espelho.

Anónimo disse...

Isso é muito importante amelinha.
Gostava de a conhecer melhor.
A amelinha é fã do Maxime?
eu gostava de lá ir ver os ena pá.
um beijo
António

amelinha disse...

Sou fã do Maxime claro, mas mais do que o Maxime, sou fã das coisas que por la´se passam.
Pode ser uma ideia ;)

Anónimo disse...

e quando é que que o Manuel João vai tocar com os ena pá?

Anónimo disse...

Sabe amelinha. Nós os dois temos uma coisa em comum...

amelinha disse...

:) jura?
o que é essa coisa?

Anónimo disse...

algo que a amelinha me confessou há dias...

amelinha disse...

confessei o quê António?

Anónimo disse...

quando a amelinha disse que se sentia mal amada

amelinha disse...

isso não é muito bom. sermos dois mal amados. Aliás, muitos mais serão. O mundo é injusto, e devíamos ter o dom de poder escolher amar só quem quisesse sera mado por nós, porque nos amasse também. E não é assim. Cuide-se António. Procure quem possa amar sem que para isso tenha de sentir mal amado!