sábado, abril 01, 2006

Há dias assim, em que sorrio sem razão aparente, em que sinto cada poro da minha pele a respirar, como se me dissessem que estou viva e que preciso sentir-me bem com isso. E a verdade, é que em dias assim, sinto-me realmente bem na minha pele e apetece-me desbravar mundo. Nesta fase da minha vida, em que o bom se confunde com o mau, em que a tranquilidade se confunde com a inquietação, sorrio na descoberta de novas pessoas e no que elas me fazem descobrir em mim. às vezes as rotinas dos velhos amigos fazem as relações viciarem-se de lamentos, de elogios e de agradecimentos e isso faz com que os sentimentos não mexam tanto. Quando às vezes as mesmas palavras são ditas por uma pessoa nova parecem tomar novas dimensões e reentram na nossa maneira de estar. Não é que os velhos amigos sejam menos válidos, até pelo contrário. Alcançaram esse ritmo por terem estado sempre lá. E isso poucos o conquistaram. É só porque os nossos ouvidos já lhes reconhecem a voz, já adivinham o que vão dizer, o seu colo já tomou a forma do nosso corpo... e sentirmo-nos desafiados a voltar a conquistar é um sentimento só diferente do que sentir a responsabilidade de continuar a cuidar.
E estou muito feliz, porque tenho o previlégio de estar a viver estes dois sentimentos.

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