segunda-feira, abril 10, 2006

Repito para mim que não existe amanhã, que os dias são feitos de pequenos nadas que nos põem excitadas sabe Deus porquê. Aquela sensação de sermos de novo crianças, que brincamos ao apanha e às escondidas e que nos deslumbramos com uma pequena conquista, que nos faz sentir mais e mais vivos. A cumplicidade que se ganha com os outros é das melhores sensações que guardo da vida e é ela que hoje me faz ter este sorriso parvo na cara, que tomou conta de mim e não parece querer desalojar tão cedo. Sei que brincamos, sei que é um jogo que ainda agora começou. Sei também que por isso mesmo tem a dimensão que lhe queremos dar. Sei que podemos jogar até termos essa necessidade, a de sermos sempre meninos, verdadeiros, ingénuos e deslumbrados. Inocentes não! Já não temos tal capacidade. Talvez por isso ainda tenha mais piada. Hoje não tenho medo do amanhã, porque não senti medo do que vivi hoje. Quero muito arriscar, arriscar sentir-me viva... porque na verdade é isso que sinto.

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