quinta-feira, fevereiro 23, 2006

Um beijo quente do país do sol

Ela encontrou o coração. O mesmo que esteve quase a perder de morte permatura. Aquele que quase saltou da boca por tanto bater sem ritmo. Ela encontrou-o porque ele não se faz rogado. Quando bate, bate mesmo. E é impossível não o sentir. Não o reencontrou morto de felicidade, saudável e perfeito. Não o reencontrou capaz de se doar e fazer mundo e fundos. Pelo contrário. Aninha-se a qualquer toque estranho, a cada olhar mais encorajador. Prefere ficar quieto a dar sinal de si. Mas não porque esteja morto. Só porque prefere ficar tranquilo e tem medo de voltar a entropecer de angústia.
DEpois de um mergulho no mar de águas cálidas, o sol mostrou-se terapêutico. De olhos fechados, ela não conseguiu controlar os pensamentos. Muitas vezes sentiu-se perdida neles, as lágrimas a molharem-lhe a face e o sorriso fresco nos lábios. Por vezes quase se sentiu feliz e conseguia respirar sem ter falta de ar, sem aquele aperto fulminante no peito. Melhor, sentiu-se viva, capaz de provocar emoções e de cativar pessoas estranhas. Afinal ela ainda lá estava!

Cheira a mar e o sol é escaldante,a brisa é mais quente ainda e os pés sofreram curtidos do sol.

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